Élington, goleiro do Vasco no 7 x 2 para o Atlético-PR, foi contratado pelo

De acordo com informações da Super Rádio Brasil, Élington, \"peixe\" de Romário e ex-goleiro do Vasco na goleada para o Atlético-PR por 7 x 2, comandado por Renato Gaúcho, depois de atuar três temporadas pelo Rapid da Romênia, onde foi eleito o melhor goleiro da liga local, foi contratado pelo Olympique de Marselha:

\"Onde começou mesmo minha jornada aqui na Europa foi no Rapid de Bucareste, onde eu tive a oportunidade de... eu não gosto nem de falar essa palavra... de barrar o goleiro da seleção romena, que entrou num conflito com a diretoria. Mas isso foi bom porque fez com que a diretoria abrisse mão dele. Agora me chamam aqui de Andrade, não é mais Élington, agora é somente Andrade. Depois de duas temporadas no Rapid de Bucareste, acho que meu trbalho foi um pouco reconhecido e eu pude ter esse presente, junto com meu empreesário, dessa conquista de ter sido contratado pelo Olympique de Marselha, uma equipe de Champions League. Nosso treinador, De Champs, uma pessoa espetacular, campeão pela frança. Infelizmente tirou o título nosso, da Seleção Brasileira, mas é uma pessoa com quem, com certeza, eu vou aprender bastante.\"

Projeção para a nova fase, no Olympique:
\"Aqui na França, eu tenho que pesquisar como é a idade dos goleiros [Élington tem 30 anos]. Eu sei que na Itália, a maioria é 38, 39 e está jogando em grandes clubes na Itália. Eu me cuido bastante, tento jogar até os 40, tranquilamente. E como em toda a minha carreira, eu cheguei nos clubes... No Flamengo tinha o Júlio César, que hoje é considerado um dos melhores do mundo. Fui pro Ascoli, onde tinha o Pagliuca, sleão também. Fui pra Romênia, onde tinha o goleiro da seleção romena e consegui jogar como titular, um pouquinho depois da primeira temporada. Agora, cheguei aqui no Olympique de Marselha, onde mais uma vez, quem está aqui é o goleiro titular da seleção francesa, que é o Steve Mandanda. Sinceridade? Parece que eu estou aqui há dez anos. Parece que eu já conquistei quatro títulos mundiais, porque me receberam aqui de uma maneira que eu achei que eu fosse o campeão do mundo de 2002 e 94, com a seleção brasileira. Uma coisa que até vocês da imprensa poderiam pesquisar melhor, mas eu tenho quase certeza que a maioria desses goleiros têm passaporte europeu, isso facilita para eles. É difícil um clube contratar um goleiro, é bem difícil, porque eles têm cinco possibilidades de contratação e não vão gostar com um goleiro, é muito raro. Não é impossível, mas é muito difícil.\"

O que atrapalhou a carreira do goleiro no Brasil?
\"Eu acho que o Romário não é maluco, até pelo nome que ele tem, pela pessoa que ele é, pelo futebolista que ele foi. Ele não ia levar uma pessoa que não agarra nada para o Fluminense e para o Vasco, isso não é muito coerente. Agradeço eternamente ao Romário, porque foi o Romário que me colocou no Fluminense, No Vasco não tinha ninguém de nome, era briga direta: Eu, Cássio, Éverton, depois chegou o Faboiano Borges, depois chegou o Elivélton, também. Então, era um briga direta de goleiros que não tinham tanto nome no futebol, e o Romário que estava me levando. Achei que isso poderia pesar, e falei: \"A minha grande chance é no Vasco\".\"

Élington era goleiro titular da pelada do Romário?
\"Não tinha essa de titular, não (risos). A gente tinha o nosso jogo, entre amigos. Era normal, era uma confraternização, não tinha nenhum outro jogador. Era uma brincadeira nossa. Eu poderia ser titular da amizade com ele. É uma coisa daquele momento, onde eu vou frisar sempre que eu tenho o maior orgulho de falar, nunca voui esconder isso. Em 94 eu tinha 15 anos. Eu vi o Romário sendo campeão do mundo e eu vibrando com ele sendo o melhor jogador da Copa do Mundo, e alguns anos depois eu sou amigo dele. Não tenho vergonha nenhuma de falar isso. Sou amigo dele, da praia, sim, jogo futevôlei com ele, jogava pelada com ele. Eu pude unir o útil ao agradável, de estar no lazer com ele e, profissionalmente, estar no Vasco da Gama, no Fluminense. Então, acredito que tem que ter um pouco de qualidade. Para você representar o Vasco da Gama e o Fliuminense, eu acho que não é qualquer pessoa que pode estar ali, não.\"

Goleada para o Atlético-PR marcou negativamente e mudou sua trajetória no Brasil?
\"Mudou, porque já se passaram quatro anos muitas pessoas ainda falam nisso. Eu não tentei voltar para o Brasil ainda. Tenho ainda um objetivo de voltar. Eu vou querer voltar um dia e eu até vou querer ouvir das diretorias, caso tenha o interesse de alguns clubes, de ouvir o que eles ainda vão falar sobre esse episódio. Acredito que se não é aquele jogo, de repente, eu poderia dar uma continuidade. Nem sei se eu continuaria no Vasco, porque eu acho que eu ia ficar campeonato inteiro com aquele... não eu, mas a imprensa falando, a própria torcida, naquele jogo com o Atlético. Fiquei triste, sim, pela torcida do Vasco, que não merecia aquele 7 [7 x 2 para o Atlético-PR, a maior goleada sofrida por um time profissional do Vasco.]. É sempre ruim tomar de 7, mas só os guerreros sobrevivem. O Marcos, antes da Copa do Mundo, não sei se vocês lembram, o Marcos do Palmeiras, tomou 6 ou 7 do Vitória da Bahia. O próprio Júlio César, que hoje é o melhor do mundo, tomou acho que do próprio Vitória, mesmo, o Flamengo tomou de 7. Isso acontece com os melhores. Só vai continuar quem estiver com a cabeça tranquila e quando botar a cabecinha no travesseiro, pensar: \"Isso acontece. Bola para frente.\" O negócio é trabalhar e não se abalar, porque se se abater, já era, o próximo jogo, vai ser pior ainda.\"