Elogiado por Celso Roth, Allan espera ter mais chances no time

As boas exibições do meia Allan em 2009 deixaram os torcedores vascaínos animados com a possibilidade do surgimento de mais joia. O jogador, no entanto, não conseguiu espaço na equipe nesta temporada. Uma fratura no pé direito atrapalhou o plano do atleta de 19 anos, que esperava ter papel mais ativo no time.

Na última rodada do Brasileiro, contra o Santos, no entanto, ele teve uma oportunidade de mostrar seu trabalho e não decepcionou, apesar de o Vasco ter perdido por 4 a 0. Após o jogo, ele mereceu os elogios do técnico Celso Roth. A expectativa agora é conquistar de vez a confiança e ter a presença mais constante no time.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Allan comentou também sobre o momento de pressão que os jogadores enfrentam, já que a equipe está na penúltima posição no campeonato. Ele considera que ele e os outros jovens atletas precisam estar preparados para as cobranças.

Na terça-feira, o meia se incorporou ao grupo da seleção brasileira sub-19 que fará um período de treinos visando a disputa do Sul-Americano da categoria.

GLOBOESPORTE.COM - Depois de bons jogos em 2009, você acabou prejudicado por uma lesão no início deste ano e perdeu sequência. Agora, contra o Santos, teve mais uma chance e foi elogiado por Celso Roth. Qual sua expectativa daqui para frente?

ALLAN: Minha expectativa é melhorar cada vez mais com o decorrer dos jogos. Fico feliz pelos elogios do Celso Roth e vou procurar trabalhar para seguir aproveitando as oportunidades da melhor forma possível. Aos poucos vou recuperando minha melhor forma. A experiência de ter jogado a Série B ano passado foi muito importante, mas tive a infelicidade de interromper essa sequência quando me lesionei logo no primeiro treino do ano.

A ida para a seleção sub-19 pode ajudar a você conquistar seu espaço no time? Pode te dar mais moral com o Roth?

Acredito que a vaga na equipe depende mais do trabalho diário que faço no clube, no que apresento durante os treinamentos e quando entro nos jogos. Mas é lógico que quando você faz parte da seleção brasileira acaba sendo visto de forma diferente. Isso só tende a trazer coisas boas para minha carreira. Fico feliz e vou buscar aprender ainda mais com essa experiência.

O clube corre o risco de perder apoiadores importantes neste Brasileiro, como o Philippe Coutinho e o Carlos Alberto. Está pronto para assumir essa responsabilidade se for preciso?

Torcemos muito para que os dois possam ficar, mas temos sempre que estar preparados para qualquer tipo de situação. O que posso prometer é que vou tentar fazer o meu melhor em todas as vezes que for chamado. Quem joga no Vasco tem que estar sempre pronto para assumir responsabilidades, mas não me vejo como substituto do Coutinho ou do Carlos Alberto. Até porque as características são diferentes.

Alguns jogadores jovens têm sido observados por Roth, como o Romulo, o Max e o Nilson. O que a torcida pode esperar desta nova geração?

O torcedor pode esperar uma geração que sabe da importância e tem prazer de jogar pelo Vasco da Gama. Todos os jogadores da base têm qualidade e identificação com o clube. Crescemos aqui e queremos fazer parte de um time vencedor.

Acha que este momento de instabilidade e pressão por resultados pode prejudicar o desempenho dos mais novos?

A cobrança por resultados é natural quando se está num grande clube. As vitórias são tão valorizadas quanto as derrotas. Esta parada para a Copa do Mundo será importante para darmos a volta por cima. Celso Roth terá mais tempo para trabalhar e corrigir os erros da equipe. Tenho certeza que tudo irá melhorar no retorno da competição.