Há quatro jogos sem marcar e desperdiçando chances claras de gols, Élton vem esgotando a paciência do torcedor do Vasco. Absolvido no julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, ontem à noite, terá outra chance, contra o Figueirense, sábado, de voltar a ser o querido matador da Colina.
Cabisbaixo nos treinamentos, Élton tem sido incentivado pelo grupo, especialmente por Dorival Júnior. O ser humano é movido a elogios. Se você começa a questionar muito o lado negativo, a pessoa vai se abatendo naturalmente, explica o treinador, concordando que o artilheiro do Vasco desse ano, com 12 gols, atravessa uma má fase. Ele está num momento sem confiança. É natural. A hora que sair um gol ele será outro jogador, aposta.
O comandante vascaíno também vê com bons olhos a maneira como os jogadores vêm abraçando o companheiro, atitude que ficou bem nítida no treino tático da manhã de ontem. Das sete finalizações do atacante, cinco foram para o gol e em todas elas pelo menos um companheiro, além de Dorival, elogiaram o chute.
Amanhã um deles também vai estar nessa situação. É normal, cíclico. Daqui a pouco o treinador não presta, o zagueiro não presta, hoje, não presta o atacante, analisa Dorival, que, assim como o volante Nilton, também foi inocentado pelo tribunal.
Em entrevista depois da atividade de ontem, Dorival comentou sobre a lavagem de roupa suja de segunda-feira, quando Léo Lima disse, após o empate em 0 a 0 contra o Duque de Caxias, que estava faltando seriedade nos treinos de finalizações. Conversei com o Léo Lima para ele se responsabilizar pelo que disse. Quando se abre o leque dessa forma, pode respingar para todos os lados. Da maneira como ele colocou, acabou generalizando e isso é ruim. Para quem vê, parece que isso aqui é uma brincadeira, protestou Dorival.
O Léo se reportou aos atletas e explicou o que quis dizer na entrevista. Agora, é voltar à nossa realidade e esperar que o grupo reencontre o caminho da vitória no jogo contra o Figueirense, sábado, concluiu.