Em 2012, o Vasco promoveu uma linda festa para a despedida de Edmundo. O Palmeiras, recentemente, promoveu um amistoso de gala para o goleiro Marcos pendurar as luvas. Agora, em 13 de janeiro de 2013, será a vez do meia Pedrinho, de 35 anos, que teve brilhante passagem por São Januário, comemorar seu fim de carreira numa festa com os mesmos moldes. O palco será justamente a casa de Pedrinho no Vasco, às 17h, em amistoso contra o Ajax, da Holanda.
O currículo de títulos é extenso: Copa Libertadores de 1998, Campeonatos Brasileiros de 1997 e 2000, Copa Mercosul de 2000, Torneio Rio-São Paulo de 1999 e Campeonato Carioca de 1998. Isso, tudo só pelo Vasco da Gama. Não à toa, Pedrinho se tornou ídolo da torcida nos 18 anos que esteve no clube, de 1983 a 2000 (contando categorias de base) e em 2008, quando saiu após o rebaixamento para a Série B.
A última imagem de Pedrinho na Colina Histórica não foi das melhores, mas não mancha o histórico - que também foi marcado por muitas lesões. Em 217 jogos pelo Vasco, foram 47 gols e muita identificação com a torcida. Em entrevista à Super Rádio Tupi, Pedrinho comentou o que espera de sua despedida e deu seu recado aos torcedores para se manterem do lado do Vasco no momento de crise atual. Confira trechos do bate-papo e mais abaixo o áudio na íntegra!
O que significa essa despedida para você?
Para mim será uma coisa maravilhosa, marcante. Fui criado em São Januário, é o clube que eu amo. Será um momento inesquecível. Preciso treinar um pouquinho para entrar em forma e não fazer feio. Só tenho que agradecer ao Vasco e aos torcedores por todo esse tempo que vivi lá dentro. Espero que possam comparecer, pois para mim será um momento único, ver o estádio cheio.
Caso jogue bem, há alguma chance de seguir jogando no Cariocão? Você atuou em 2012 pelo Olaria na competição.
Não dá mais, não. As dores já tomaram conta do meu corpo e isso já está definido na minha cabeça. Será apenas uma festa de agradecimento, de 18 anos praticamente dentro de São Januário, que vai selar uma história de títulos e de amor ao clube.
Acha possível que o futebol brasileiro consiga reavivar aquela relação de amor ao clube da sua época? Ultimamente alguns jogadores têm ficado mais tempo em um mesmo time no país.
Agora é até mais provável. Os salários dos jogadores aqui no Brasil estão melhores, muitas vezes empatando com os da Europa. Isso é um atrativo para que os jogadores permaneçam. Antigamente era mais comum, pois havia toda uma história de clube e atleta criado, tinha um vínculo muito maior. Depois que o futebol virou mais comércio e negócio, isso ficou prejudicado. Mas com essa nova valorização do futebol brasileiro, ficou mais provável.
Que recado você dá para os torcedores do Vasco?
Nos momentos mais difíceis do clube, o torcedor vascaíno se demonstrou apaixonado. O Vasco vive um momento financeiro difícil e é nesse momento que o clube tem que mostrar sua grandeza e a grandeza do Vasco com certeza é sua torcida. Apoiem o time para que possam fazer um 2013 melhor que 2012.