Pela primeira vez desde que rescindiu na Justiça seu contrato com o Vasco, o meia Wagner se manifestou para explicar a decisão. O jogador estreou pelo novo lcube, o Al Khor, do Catar, na última quinta-feira, e divulgou uma nota oficial afirmando que deixou o Cruz-Maltino porque não chegou a um acordo para renovação.
Wagner, inclusive, criticou o presidente Alexandre Campello e o diretor executivo de futebol, Alexandre Faria, que trataram da renovação do jogador.
- É muito importante citar que nas tratativas sobre meu futuro, em momento algum, o Vasco aceitou minha proposta de renovação, muito pelo contrário, chegou até a mim, uma contraproposta de 70% abaixo do solicitado e, segundo o diretor executivo do clube, Alexandre Faria, tal proposta era por eu ser um atleta velho e ultrapassado, que talvez não serviria mais para o clube.
Desta forma, e com todo descaso e falta de respeito que essa atual gestão do Vasco demonstra e sem retorno algum do até então mandatário Alexandre Campello, não tive outra alternativa, senão requerer meus direitos de trabalhador junto à Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro – disse Wagner.
O meia contou ainda que se reuniu com Campello no dia 4 de setembro para negociar a dívida do clube com ele. Ele recebeu a promessa de retorno no dia seguinte, mas disse que isso não aconteceu.
Wagner tinha contrato com o Vasco até dezembro. A diretoria do Vasco já se manifestou sobre a rescisão e avisou que vai recorrer da decisão.
Confira a nota de Wagner na íntegra:
"No último dia 4 do mês corrente, após o jantar no hotel onde que estávamos concentrados, acompanhado de meu Advogado, Dr. Vantuil, procurei o Presidente Alexandre Campello, com objetivo de tentar tratar pela primeira vez das pendências financeiras do clube para comigo e assim, viabilizar a melhor alternativa para o assunto, e posteriormente conseguir definir meu futuro profissional. Na ocasião, o Presidente Alexandre Campello se recusou a me receber juntamente com meu Advogado e recebeu somente a mim, em sala reservada no local, onde conversamos aproximadamente por 30 minutos, e saímos alinhados com o compromisso de receber um retorno por sua parte, a respeito da conversa inicial, até o horário almoço do dia seguinte (dia 5 do corrente) e assim, juntos equacionaríamos todas as pendências ou seguiríamos caminhos diferentes.
É muito importante citar que nas tratativas sobre meu futuro, em momento algum, o CRVG aceitou minha proposta de renovação, muito pelo contrário, chegou até a mim, uma contra proposta de 70% abaixo do solicitado e segundo,o diretor executivo do clube, Alexandre Faria, tal proposta era por eu ser um atleta velho e ultrapassado, que talvez não serviria mais para o clube.
Desta forma, e com todo descaso e falta de respeito que essa atual gestão do CRVG demonstra e sem retorno algum do até então mandatário Alexandre Campello, não tive outra alternativa, senão requerer meus direitos de trabalhador junto à justiça trabalho do RJ, pensando em meu futuro profissional e de minha família, solicitei a quebra do vínculo contratual existente com o CRVG e consequente, liberação, requererendo imediato vínculo com nova equipe, atestando todos os débitos pendentes até a presente data:
-17 parcelas FGTS anos 2017 e 2018;
- 5 meses salários imagem;
- Luvas: Nenhuma parcela paga desde a data de minha chegada ao clube até a presente data.
Com o deferimento do pedido judicial realizado, desde ontem, já sou oficialmente atleta do AL KHOR CLUB – CATAR. Me despeço do CRVG, em busca de um novo desafio profissional juntamente com minha família, agradecendo a instituição, a sua apaixonada torcida, a todos os treinadores e companheiros, que sempre me apoiaram em todos os momentos, lutando a cada dia. Só nós atletas, sabemos o que fizemos dentro e fora do campo, cuidando até dos funcionários e familiares, cuja responsabilidade é do clube.
Do fundo do meu coração desejo que novos dias de vitórias possam chegar e com isso, contribua para os caminhos sérios e decisões corretas, sérias, com respeito a todos profissionais de todas as aéreas e funções, sem qualquer exceção."