Ânimos exaltados! Em 2018, os jogadores já foram advertidos 458 vezes nas 210 partidas disputadas pelos 20 clubes da Série A. Vitória, Santos, Internacional, Paraná e Bahia têm as maiores médias de cartão por partida. Por outro lado, América-MG, São Paulo e Cruzeiro são as equipes menos advertidas por jogo. O duelo mais emblemático, em termos de indisciplina, foi o clássico Ba-Vi, que terminou com nove expulsões e foi interrompido por falta de atletas em campo. O Bahia foi declarado vencedor pelo placar de 3 a 0.
Graças ao turbulento clássico, Vitória e Bahia têm número de expulsões muito fora da curva, em relação aos demais clubes. O Rubro-Negro tem oito vermelhos em 13 jogos, contra seis do Tricolor, em dez partidas. O mais próximo é o Vasco, com três jogadores que saíram antes do apito final. Sete clubes ainda estão isentos no quesito, com destaque para o Ceará, clube que mais atuou em 2018, entre os 20 da elite: 15 vezes.
Em cartões amarelos, a liderança cabe ao Internacional, advertido em 32 ocasiões, seguido do próprio Vitória, com 31 punições. A diferença é bem relevante, se levarmos em conta que o América-MG tem anotados nas súmulas apenas 12 amarelos, média de apenas 1,5 por jogo.
A liderança folgada do Vitória em número de cartões recebidos (39) naturalmente reflete no ranking individual. O volante Uillian Correia é o único atleta dos 20 times da Série A a ser expulso mais de uma vez no ano (no polêmico Ba-Vi e na derrota para o Bragantino, por 1 a 0, pela Copa do Brasil). Companheiros de Uillian, o atacante Denilson e o meia Yago também vêm sendo advertidos constantemente.
O Inter, líder nos amarelos, tem dois defensores que elevam essa conta: o lateral-esquerdo Iago e o zagueiro argentino Víctor Cuesta. Camisas 5 clássicos, Alison (Santos) e Amaral (Chapecoense) possuem média esperada para a função, sem que tenham ido para o chuveiro mais cedo. Marcos Junior, atacante muito presente na recomposição defensiva, foi repreendido quatro vezes com amarelo em jogos do Fluminense.