Nem mesmo o primeiro tempo pouco inspirado dos meninos da Vila foi suficiente para o Vasco conseguir assustar o Santos, ontem, na Vila Belmiro.
Após trapalhada do goleiro Fernando Prass, aos 37 minutos, o time da casa abriu o placar, de pênalti, e o caminho para uma tranquila goleada. A derrota por 4 a 0 mantém o Vasco na vice-lanterna do Brasileiro.
Com uma escalação inédita, com três zagueiros, promovendo a volta de Thiago Martinelli, o volante Allan na ala direita e Nílson no ataque, o Vasco apresentou um futebol sem criatividade.
Apesar da atuação apagada, Philippe Coutinho foi o responsável pela melhor chance do time. Aos dez minutos do primeiro tempo, tabelou com Nílson na área e chutou colocado.
Rafael encostou na bola, que saiu rente à trave.
Mádson não comemora gol
Aos 30 minutos, André recebeu livre na área e chutou na trave. A bola voltou na mão de Fernando Prass. Três minutos mais tarde, os donos da casa assustaram mais uma vez em lance que Dedé atrasou para o goleiro. O juiz errou ao não marcar a irregularidade, e o Santos acabou beneficiado na continuação da jogada. Desatento, Fernando Prass deixou a bola no gramado antes de recolocá-la em jogo.
Léo, que estava atrás do goleiro, tomou-a e sofreu o pênalti, convertido por André.
Entregamos o gol do Santos reclamou Celso Roth.
O goleiro concordou com a bronca do treinador: Foi erro meu, não vi o jogador do Santos, larguei a bola no chão e ele a roubou.
No segundo tempo, o Vasco voltou perdido e tomou um gol aos seis minutos, em chute forte de Maranhão. Logo depois, Roth fez a mudança que matou qualquer esperança de reação do time. O treinador tirou Jéferson e Philippe Coutinho.
Aos 17, André ampliou, depois de passe perfeito de Mádson.
No minuto seguinte, Fumagalli, que acabara de entrar, foi expulso por falta no lateral Pará.
Mádson, o melhor em campo, ainda fez o quarto gol, aos 28, mas não comemorou, em respeito ao ex-clube.
Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo (Zezinho); Rodriguinho (Maranhão), Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso (Breitner); Mádson e André. Vasco: Fernando Prass; Thiago Martinelli, Cesinha e Dedé; Allan, Rafael Carioca, Jéferson (Fumagalli), Souza e Ernani; Philippe Coutinho (Magno) e Nílson (Léo Gago).
Juiz: José de Caldas Souza. Cartões amarelos: Rodriguinho, Nílson, Fernando Prass e Ernani.
Cartão vermelho: Fumagalli.
Público pagante: 8.585. Renda: R$ 218.995.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)