Em tempo de eleições, Felipe ainda não sabe em quem votar

O Brasil vai às urnas neste domingo exercer seu poder de voto para eleger novos governadores, deputados, senadores e, principalmente, presidente. Após cinco anos justificando a ausência, por jogar no futebol do Catar, Felipe, finalmente, vai poder voltar a fazer valer sua cidadania e votar. No entanto, quem acha que o apoiador já definiu suas escolhas está muito enganado: ele ainda não sabe para quem vai dar seu voto.

Felipe admitiu que viu pedaços de alguns debates realizados na televisão, procurou se informar sobre as propostas e projetos dos candidatos, mas nenhum deles atraiu sua atenção a ponto de fazer a escolha final. Para dificultar ainda mais, Felipe não se lembra onde guardou o título de eleitor após tanto tempo longe do Brasil e das urnas.

“Antes de qualquer coisa ele precisa aparecer, né? Minha mulher está maluca revirando a casa para achá-lo. Eu pedi isso a ela (risos). Mas realmente ainda não defini o meu voto”, afirmou Felipe, sem saber que, para votar, basta apresentar um documento com foto, como identidade, carteira de trabalho ou passaporte.

Felipe, inclusive, aproveitou para fazer um apelo não só aos vascaínos, mas ao povo brasileiro em geral. Para ele, é fundamental que cada um pense bem na hora de definir o seu voto, já que o futuro do Brasil está em jogo. “É importante decidir o futuro. Por isso não se pode definir o voto sem pensar. Temos de analisar tudo para o escolher o melhor para o país, o candidato certo”, comentou.

Se fora de campo ainda há indecisão, dentro dele Felipe se sente cada vez mais tranquilo. A readaptação ao futebol brasileiro não foi tão fácil como imaginava, principalmente após as lesões — a mais nova delas contra o Goiás, sexta-feira (entorse no joelho esquerdo) —, mas, otimista, ele pensa positivo.

“Não tenho mais 18 anos, aquela explosão, mas ganhei experiência. No futebol brasileiro não é fácil jogar, mas tem gente que passou um ano fora e demora mais tempo do que eu”, finalizou.