Após encaminhar a venda dos direitos de televisão aberta da Libertadores para o SBT, a Conmebol agora procura um nome para a Copa Sul-Americana, o seu segundo torneio mais importante. Quem tenta progredir nesse sentido é a RedeTV!, que fez proposta pelas duas competições e quer avançar pelo acerto da competição, que já transmitia antes da pandemia do novo coronavírus. O torneio só retoma seus jogos em outubro.
Segundo apurou o UOL Esporte, a emissora de Osasco tem uma conversa em estágio avançado com a maior entidade do futebol sul-americano. Na RedeTV!, as conversas são dadas como bem encaminhadas. Já a Conmebol trata o tema com cautela, mas admite conversas em tom interessante.
No entanto, outras possibilidades estão sendo consideradas pela Conmebol. A exclusividade no Brasil não deve ser da RedeTV!, até porque a entidade quer também um canal por assinatura exibindo os jogos.
Para a quinta maior emissora comercial do país, manter a Sul-Americana pelo menos é algo interessante. Mesmo que apenas Vasco e Bahia sejam os únicos representantes brasileiros, a RedeTV! entende que poderá ter uma boa receptividade do mercado com cotas de patrocínio. Além disso, a emissora foi a única que abriu conversas com a Conmebol para TV aberta na competição neste momento, algo que a entidade faz questão de ter agora.
A Copa Sul-Americana era um dos torneios que a RedeTV! tinha em sublicença dada pelo DAZN. Com a pandemia do novo coronavírus, a plataforma de streaming abriu mão do contrato que tinha com a Conmebol até 2022. Por tabela, prejudicou a emissora parceira, que tinha vínculo para exibir partidas que não envolviam times brasileiros até o fim de 2021.
Até por ser um torneio mais barato, a RedeTV! entende que consegue cumprir os compromissos financeiros sem maiores problemas.
Na TV por assinatura, por enquanto, nenhum grupo parece interessado. A Copa Sul-Americana volta apenas em 27 de outubro e, até lá, a expectativa é que a situação esteja resolvida. Hoje, a prioridade da Conmebol é fechar questão para a Libertadores por que ainda não decidiu como fica a questão de 27 jogos exclusivos que eram do Grupo Globo e faziam parte do contrato que a emissora rescindiu por causa da pandemia.
Disney não irá aumentar contrato da Libertadores
Falando neste contrato que está disponível, fontes da Disney afirmam que é "improvável" que a empresa americana pegue essas partidas. Os motivos são dois. O primeiro é que a empresa entende que seu contrato já é muito bom e que não precisa de aditivos. Hoje, ela tem a primeira escolha da rodada na TV por assinatura e o direito exclusivo de mostrar a final única da Libertadores.
O segundo motivo, e este o mais importante, é o financeiro. Para manter esse acordo, a Disney desembolsa por ano 50 milhões de dólares (R$ 265 milhões no câmbio atual). Como o caixa da empresa já é em dólar, o valor não é tão sentido assim. Mas obter mais jogos seria mais um gasto em um momento que o mercado de televisão mundial revê valores enormes pagos por direitos de transmissão.