Futebol

Emissora de tv sugere estaduais com 15 datas a partir de 2015

Embora a CBF diga que o calendário de 2015 já está fechado, assim como o de 2014, mudanças ainda podem acontecer. De acordo com o diretor geral da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, há uma conversa para reduzir os estaduais do Rio de Janeiro e de São Paulo para 15 datas - para o próximo ano serão 19 datas; em 2013, foram 21 em SP e 23 no RJ.

Segundo o executivo, apesar de a emissora não estar participando desta discussão especificamente, a opinião dela é exatamente essa. Em entrevista ao ESPN.com.br, durante passagem pela Costa do Sauípe, na Bahia, Campos Pinto defendeu que a diminuição de mais quatro datas para 2015 deixaria o calendário brasileiro parecido com o europeu, em relação ao número de jogos.

A CBF convocou para a próxima terça-feira, dia 10, uma reunião com a comissão de clubes. O assunto está entre as pautas do encontro.

Veja a entrevista na íntegra.

ESPN.com.br - Vocês foram chamados para a reunião de terça-feira?

Marcelo Campos Pinto - Não. Nós só participamos de uma reunião do Bom Senso lá na Globo, que eles foram. O Paulo André, o Dida e o advogado. Depois a CBF chamou para aquela reunião grande, com todo mundo. De lá para cá, nada.

Acha que o assunto está encerrado?

Conosco acho que sim. Foi uma reunião excelente. Todos os pleitos que eles estavam apresentam eram pleitos que nós vínhamos defendendo há anos e esperávamos implementar em 2014, mas com a Copa não deu. Em um calendário apertado você para quarenta dias, não tem como.

O assunto dos regionais, como está para vocês?

O assunto dos regionais deve ser discutido entre os clubes e as federações, isso não passa por nós.

Mas existe uma opinião de vocês, não?

A opinião é que as competições precisam ser mais competitivas. Talvez isso passe por uma redução de número de clubes e, por consequência, de número de datas. O Mineiro já está em 15 datas, o Gaúcho vai para 17 datas em 2014 e vai para 15 datas em 2015. Acho que 15 é um número razoável. Mas é um assunto complicado, tem de ver direitinho.

Naquela reunião, você apresentou um estudo, não foi? Sobre o que que era?

O estudo era o estudo do calendário, que a gente achava que tinha de ter uma parada de 60 dias, sendo 30 de férias e uma parada longa para a pré-temporada, que foi muito curta nos últimos anos. Outra coisa que nós defendíamos no estudo era de que não tivessem jogos de competições brasileiras durante eliminatórias. Para 2015 nós conseguimos. Em 2015, tem 19 datas para os estaduais, mas tem uma conversa em andamento para reduzir para 15. Eu não sei te dar detalhes, mas foi o que eu ouvi.

Seria melhor?

Se isso acontecesse, seria muito bom, porque nós não teríamos rodada do Brasileiro durante a Copa América. Com isso, os clubes respirariam um oxigênio durante duas semanas, durante a Copa América, e no segundo semestre, que a gente tem duas semanas de eliminatórias, eles respirariam mais duas semanas.

O que vocês querem é que não tenha jogo durante a Copa América?

Não. O que nós achamos que é saudável é ter um calendário que tenha menos quatro datas, em relação a 2013.

O jeito mais fácil para isso seria reduzindo o estadual, é isso?

Não necessariamente seja o mais fácil. A consequência de você ter menos quatro datas é que o jogador vai jogar menos. E aí nós vamos estar jogando o mesmo número de jogos dos campeonatos europeus. Esse ano a gente já reduziu quatro, se reduzir mais quatro para 2015, teremos oito a menos em relação a 2013. A diferença que nos separa hoje, os clubes que jogam mais aqui dos que jogam mais lá na Europa, é de oito datas. Os da média daqui com os da média lá, a diferença é de seis datas. Se nós baixarmos mais quatro datas em 2015, vai se jogar no Brasil o mesmo número de jogos que se joga na Europa. Esse é o objetivo que deve ser perseguido para o calendário ficar mais leve. Mas essa não é uma conversa que a Globo participa.

Não?

Não, essa é uma conversa entre clubes e federações.

Mas o presidente da CBF sempre deixa clara a influência que a Globo tem nessas decisões...

Sim. Se formos chamados para opinar sobre essa ideia, nós concordaremos.

Na reunião que houve vocês não deram essa opinião?

Não. Nessa reunião grande nós mostramos o calendário de 2015, que já tinha a redução das quatro datas, a pré-temporada maior e também com o avanço de não ter jogos durante as eliminatórias. É um baita avanço. Faltava, ao meu ver, um outro, que é a gente conseguir essa redução de mais quatro datas. Assim ficaria muito bom.

Mas vocês prefeririam que não tivesse jogos durante a Copa América?

Não é questão de não ter jogos durante a Copa América. É que não teria que ter necessariamente jogos durante a Copa América. Porque, por exemplo, se o Brasil sai no meio da Copa América, a gente tem de voltar com as competições brasileiras, mas isso não é complicado. Mas o que eu digo é que não haveria necessidade de ter quatro datas durante o campeonato. Porque aí o clube precisa ceder um jogador, isso fica complicado. Mas, de novo, essa é uma conversa que nós ainda não fomos chamados. Nós participamos da que reduziu de 23 para 19.

A conversa de reduzir para 15 é para Rio e São Paulo, né?

Sim, basicamente. Para 2015, Minas e Rio Grande do Sul já estarão com 15. E aí nós precisaríamos que nenhum outro estadual com time que joga a Série A tivesse mais do que 15 datas.

Vocês gostam da ideia de Rio-São Paulo e Sul-Minas?

Acho que não, o assunto de regionais é esse mesmo. Sabe por quê? A rivalidade é estadual. Por exemplo, o Fluminense ganha do Flamengo, para o torcedor tricolor é maravilhoso. Se o Fluminense ganha do Corinthians, não é a mesma coisa. A rivalidade é muito local e é bom porque mantém a chama da paixão.

Quando você fala de competitividade, você está falando de audiência?

Competitividade tem a ver com atratividade do público para o estádio. O que significa atratividade? Você pega um campeonato que tenha 20 rodadas, por exemplo, em turno único, que classifique oito, a probabilidade de você estar entre os oito sendo grande é enorme. O começo do campeonato não interessa para ninguém. O público é baixo, a renda é baixa e a audiência é baixa. Tudo é baixo. Se você tem um campeonato mais curto, você precisa começar jogando sério, porque se não jogar sério, corre o risco de não entrar. A competitividade tem a ver com despertar o interesse do torcedor.

Vocês já conversaram com os clubes sobre eles não usarem o time principal no estadual do ano que vem?

Não, não conversamos.

Fonte: ESPN Brasil
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