Vendido pelo Vasco ao Bayer Leverkusen, em 2018, por 18,5 milhões de euros (R$ 76,7 milhões na cotação da época), Paulinho tem contrato com o clube alemão até junho de 2023 e será um alvo de peso na reabertura da janela de transferências, no Brasil e também na Europa. O atacante não vai renovar com o clube alemão e a partir de janeiro, poderá assinar um pré-contrato.
Marcada por altos e baixos, a passagem de Paulinho no Bayer Leverkusen chega em sua reta final de forma melancólica. Na atual temporada, são apenas dois jogos, ambos saindo do banco de reservas. A falta de oportunidades não se dá por uma questão técnica, mas sim por problemas de relacionamento com o clube, como o próprio jogador afirmou em suas redes sociais na semana passada.
A reportagem do DIA apurou os bastidores que fizeram a relação entre Paulinho e Bayer Leverkusen estremecer. Após completar quatro anos de clube, o atacante não foi procurado para tratar sobre uma possível renovação e isso fez com que o jogador manifestasse o desejo de ser negociado. Em abril, o empresário informou aos alemães a vontade de Paulinho. A resposta foi positiva por parte da diretoria.
Mesmo pensando em sair, Paulinho terminou a temporada 2021/2022 como titular e marcando gols importantes para o Bayer Leverkusen, que terminou o Campeonato Alemão em terceiro lugar e classificado para a Liga dos Campeões. Com a abertura da janela de transferências, o atacante recebeu diversas sondagens e algumas propostas.
As ofertas de clubes europeus agradaram ao Bayer Leverkusen, mas não despertaram o interesse de Paulinho. Já as propostas do Brasil, feitas por Palmeiras e Atlético-MG, agradaram ao atacante, que acabou escolhendo a do Galo por atender os critérios esportivos e financeiros. No entanto, o clube alemão não aceitou os termos. Os mineiros ofereceram uma porcentagem do valor em uma futura venda, mas o Bayer Leverkusen queria o pagamento de forma imediata.
O entendimento é de que o Bayer Leverkusen não levou em consideração a vontade de Paulinho, buscando apenas recuperar parte do investimento feito no jogador. Só que no cenário atual, o clube dificilmente terá algum lucro, tendo em vista que o atacante vai sair de graça ao final do contrato.
Paulinho e seus representantes se sentiram desrespeitados com a condução da negociação nesta última janela, porém não foi a primeira vez que o jogador recebeu propostas que foram negadas pelo Bayer Leverkusen, com a alegação de que o atacante era importante para o elenco. As ofertas foram de clubes da Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos, além do Brasil.
Mau presságio logo na primeira temporada
Quando surgiu no Vasco, Paulinho recebeu diversas sondagens de clubes até maiores que o Bayer Leverkusen, como o Bayern de Munique, por exemplo. No entanto, o atacante gostou do projeto apresentado e acabou aceitando a proposta do Leverkusen. Seis meses após a sua contratação, o diretor esportivo, Jonas Boldt, peça importante na negociação, pediu demissão, desmantelando o projeto que havia seduzido o jogador brasileiro.
E o futuro?
Paulinho está na mira do Atlético-MG e já teria um acordo para assinar um pré-contrato a partir de janeiro. No entanto, o Galo terá a concorrência pesada de Vasco e Botafogo, ambos SAF e com um parceiro econômico forte, que pode ser determinante para convencer o Bayer Leverkusen a liberar o atacante já na próxima janela de transferências.
Campeão Olímpico em Tóquio, Paulinho almeja a Seleção Brasileira que iniciará um novo ciclo após a Copa do Mundo do Catar. O atacante tem apenas 22 anos e sabe que um novo projeto esportivo poderá colocá-lo no radar para futuras convocações.