Sem ser aproveitado pelo técnico Antônio Lopes, o meia Ernane vê uma oportunidade de ouro surgir em seu caminho. No próximo domingo, o jogador vai enfrentar a seleção olímpica, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Convocado pelo técnico do combinado carioca, Alfredo Sampaio, o atleta, de 23 anos, vai ter a chance de mostrar que tem condições de ser titular do Vasco ou até mesmo conseguir uma transferência para atuar em algum time da Série A ou B do Campeonato Brasileiro.
Em 2008, o jogador foi emprestado ao Ipatinga e voltou antes mesmo do término do Estadual. Reintegrado ao elenco vascaíno, ele ainda não teve uma chance entre os titulares. No banco de reservas, apenas no clássico contra o Botafogo, válido pela terceira rodada, quando Lopes utilizou uma equipe de suplentes.
- Com certeza é uma chance de ouro. É um jogo que você vai ser visto por todo mundo, seja no Rio de Janeiro, no Brasil e até mesmo em outros lugares do mundo. Você precisa estar preparado sempre para esse tipo de situação - diz.
Ernane foi contratado pelo Vasco em 2006 e se destacou na campanha da Copa do Brasil do mesmo ano. Na época, o time da Colina era comandado por Renato Gaúcho e o jogador conquistou o seu espaço na equipe. Porém, uma lesão o afastou dos gramados até meados de 2007. Na volta, ele não conseguiu recuperar o posto, já que Morais e Leandro Bomfim vinham tendo boas atuações entre os titulares.
- A lesão não me atrapalha mais, já estou recuperado. Não me machuquei nenhuma vez em 2008. Futebol eu tenho e sei disso. O motivo maior é a opção do professor Lopes. Desanima um pouco não ser aproveitado. O pior é saber que você tem condição e não poder ajudar o grupo - afirma o meia.
Sem Morais e Leandro Bomfim machucados, Lopes tem apostado em Vinícius, contratado ao Ituano. Caso tivesse caído nas graças do treinador, Ernane poderia estar sendo utilizado agora. Mas ele não desiste de seguir trabalhando e revelou que tem tido uma ajuda importante dentro do Vasco.
- O Paulo Angioni tem me ajudado muito. Ele foi importante na minha volta do Ipatinga. Se não fosse ele, eu não estaria mais no grupo. Ele sempre me aconselha e diz para eu continuar trabalhando porque nem sempre o melhor é aquele que joga. Acho que essa partida contra a seleção brasileira é um divisor de águas na minha carreira. Não estou sendo aproveitado e, de repente, uma chance dessa pode ajudar - analisa Ernane.