Futebol

Especial Dakson: Balanço da temporada e expectativa para 2013


Foto: Marcelo Sadio- Vasco.com.br


Por: Carlos Gregório Junior e Carol Canoa

Passado o período de incertezas, Dakson passou a treinar com a certeza de que já poderia entrar em campo com a camisa cruzmaltina. Apesar de se destacar nos treinamentos, o alagoano só estreou com a camisa cruzmaltino no penúltimo jogo do Campeonato Brasileiro. Na oportunidade, o Gigante da Colina enfrentou o Flamengo no Engenhão.

Apesar de querer que sua estreia fosse em São Januário, a casa do Vasco, Dakson se emocionou da mesma forma quando foi chamado pelo técnico Gaúcho e entrou em campo pela primeira vez como profissional por um dos maiores clubes do Brasil:

- Você estar no Engenhão, num jogo contra o Flamengo e você ali com a expectativa de entrar... É uma coisa que por mais que eu fale aqui não conseguirei explicar. Foi uma coisa marcante tudo isso que aconteceu. Nem tenho palavras para descrever o que senti quando fui chamado para entrar. Acho que consegui corresponder e ajuda nos minutos que estive em campo. Fiquei feliz pela estreia, mas fiquei triste pelo resultado, pois a gente poderia vencer. Mas espero que a gente possa ganhar vários jogos do Flamengo. A rivalidade sempre vai existir entre Vasco e Flamengo e é importante honrar essa camisa nesse clássico - declarou à Só dá Vasco TV.

Ainda desconhecido para grande parte da torcida vascaína, Dakson recebeu uma nova oportunidade contra o Fluminense na última rodada do torneio nacional. Demonstrando qualidade, o \"craque da AABB\" fez uma boa exibição e chegou inclusive a dar um belo passe para um dos gols da vitória vascaína sobre o tricolor:

- Eu fiquei feliz com a minha atuação contra o Fluminense. Mais feliz ainda pelo fato de termos saído com a vitória. Eu penso sempre que as coisas acontecem no momento certo. Passou aquele problema da documentação, talvez aquela não fosse a hora para eu estrear, e aconteceu no momento certo. Joguei dois clássicos que não valiam muita coisa, mas a gente sabe como é a torcida vascaína, ela quer sempre vencer independente do momento. Acho que as coisas aconteceram no momento certo e estou muito feliz. Quero começar 2013 com muita vontade, com muita força e ajudar o Vasco bastante no decorrer da temporada - disse sorridente à Só dá Vasco TV.

Foto: Marcelo Sadio- Vasco.com.br


Ciente de que ainda precisará fazer muito mais para conquistar o respeito e a admiração dos vascaínos, Dakson promete se dedicar na pré-temporada, que será realizada em Pinheiral-RJ, para convencer a comissão técnica que merece uma oportunidade no time titular:

- Eu sempre confio no meu trabalho e vou continuar trabalhando para merecer isso. O ano de 2013 vai começar e eu espero começar com o pé direito. Vou mostrar o meu trabalho, pois não é na entrevista que eu vou me escalar e dizer se vou jogar ou não. Quem vai decidir é o treinador e eu espero mostrar nos treinamentos que mereço ser titular. As coisas vão acontecer naturalmente. Vou trabalhar na pré-temporada para ser recompensado no decorrer do ano - afirmou à Só dá Vasco TV.

Bate-bola com Dakson, meio-campo do Vasco.

Dakson em Santana do Ipanema-AL, sua cidade natal


Você nasceu na cidade de Santana do Ipanema, mas não iniciou sua trajetória no futebol em nenhum clube de Alagoas. Antes de se transferir para a Bulgária, você chegou a atua no Fluminense. O que você poderia falar sobre esse início da sua carreira? Quais as maiores dificuldades que você enfrentou?

“Eu sou natural daqui de Santana do Ipanema, uma cidade pequena e que só tem 60 mil habitantes. Eu acho que o início de carreira de todo o jogador é complicado e morando numa cidade que é localizada no sertão, no interior do Estado, é mais difícil sair para conquistar um sonho, que acho que é o sonho de toda criança. Toda criança quer ser jogador de futebol. Tiveram vários amigos da minha cidade que me ajudaram e gostaria de agradecer a um amigo em especial, que é o Marcão, que mora no Rio de Janeiro. Foi ele que me deu uma força quando eu fui para o Fluminense no ano de 2002 junto com um amigo meu aqui de Santana do Ipanema, o Luiz Euclides. Além deles, minha família, meus pais e meus irmãos, sempre estiveram comigo e me deram bastante força. Graças a Deus estamos lutando bastante, alcançando os objetivos com muito trabalho e esforço. Se Deus quiser vamos chegar num lugar mais alto, bem melhor”.

O futebol é paixão nacional na Bulgária como é no Brasil? Como é a pressão da torcida neste país?

“Apesar de não ser um país com muita tradição no futebol, não ser um país conhecido dentro do esporte, possui uma torcida muito apaixonada. O pessoal lá na Bulgária gosta bastante de futebol. A pressão não é igual a daqui, pois se trata de uma torcida de pequeno porte. Mas no futebol sempre existe pressão, pois ninguém quer perder. Mas é diferente do Brasil, pois nosso país é o país do futebol. A pressão sempre existe independente do clube que você defenda, mas é claro que num clube de grande porte, como é o Vasco, ela será muito maior”.

Como você foi recebido pelo elenco do Vasco? Quem mais esteve ao teu lado dando apoio nos momentos de dificuldade?

“O Vasco tem um grupo excelente. Todos me apoiaram e me receberam muito bem. É um grupo muito unido, muito fechado e isso facilita minha adaptação. Você chegar num grupo fechado, onde todos querem o mesmo objetivo, faz com que a sua adaptação seja mais rápida e fácil”.

Carlos Gregório Junior ao lado de Dakson


Você pensa em se firmar no time titular do Vasco em 2013?

“Esse é o meu maior objetivo. O Vasco tem jogadores de qualidade e é sempre bom você ter um elenco recheado de jogadores de qualidade. Isso facilita até o trabalho dentro de campo. Meu maior objetivo é conquistar títulos importantes com a camisa do Vasco e quem sabe mais no futuro fazer uma história”.

Você demorou a estrear por conta da falta de oportunidades na sua posição. Em entrevista ao Só dá Vasco, Gaúcho declarou que você é um jogador que atua mais pelo centro e que não queria te prejudicar colocando você para jogar numa outra função. O que pensa sobre isso?

“Todo jogador gosta de jogar na sua posição, pois vai render mais e ajudar a equipe. Mas o Gaúcho me deu uma oportunidade contra o Flamengo e eu tive que ajudar na marcação. Deixei sempre bem claro que estou aqui para ajudar em qualquer posição. Eu tenho minha posição, mas na hora que o treinador achar que devo jogar em outra para ajudar a equipe, irei jogar. O importante é você ajudar sua equipe independente da posição que você vai entrar. O momento do jogo é que vai dizer onde cada jogador vai jogar”.

O que você poderia falar sobre as saídas do Eduardo Costa, Nilton, Rodolfo e Alecsandro?

“São jogadores que poderiam ajudar ao Vasco bastante. Até porque eles foram para clubes de porte. Mas acho que o Vasco também vai correr atrás de jogadores que possam vir e honrar a sua camisa”.

Como é a sua relação com os mais jovens do elenco? Dá conselhos para eles?

“Eu sempre converso com eles e nós trocamos experiências. É claro que não sou tão experiente e a diferença de idade é pouca, até porque eles possuem apenas 20 anos. O Maicon Assis, um grande amigo que tenho lá dentro, passou por Portugal e também pode passar experiência. É sempre bom o clube ter jogadores de qualidade e eles têm muita. Espero que eles consigam alcançar os objetivos e dar alegrias para a torcida”.

Carol Canoa ao lado de Dakson


Você se sente um vencedor por ter saído de sua cidade, Santana do Ipanema, e ter conseguido atuar pelo Vasco?

“É muito gratificante a gente sair, jogar num clube igual ao Vasco e levar o nome da cidade. Espero continuar levando o nome desta cidade, pois é a minha cidade e a cidade que eu amo. Vou levar o nome desta cidade por todos os lugares que eu for”.

Fonte: Blog do Carlos Gregório Júnior- SuperVasco.com
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