Política

Especialista fala sobre a proposta da reforma do estatuto do Vasco

A proposta de reforma do estatuto do Vasco provoca um debate acalorado e vem dividindo opiniões entre os sócios e as figuras políticas mais ativas do Club. Até mesmo os poderes do Vasco não são unânimes com relação à aceitação desta que seria votada de forma on line (a primeira vez na história do Club) hoje, mas por divergências na esfera política que levaram à judicialização da Assembleia Geral Extraordinária, a votação foi remarcada para o próximo domingo, dia 30, mas nada garante que irá acontecer e que, de novo, não será remarcada ou até mesmo suspensa, dependendo do que a Justiça determinar. Há, inclusive, uma comissão de sindicância formada pelo Conselho Deliberativo na seção on line de ontem à noite para apurar a conduta dos trabalhos de Faues Mussa que responde como Presidente da Assembleia Geral, único poder do Club eleito de forma direta pelo associado vascaíno, segundo o atual regimento estatutário.

Dos cinco poderes que constituem o Vasco, quatro deles são favoráveis à reforma do estatuto proposta e/ou assim se manifestaram publicamente: Roberto Monteiro (Conselho Deliberativo), Sílvio Godói (Conselho de Beneméritos), Edmílson Valentim (Conselho Fiscal) e Faues Mussa (Assembleia Geral), esse último que se manifestou por meio de carta emitida e publicada na Internet. Somente Alexandre Campello, Presidente da Diretoria Administrativa, se manifestou contra a proposta.

Entre os grupos políticos do Club, a “Sempre Vasco” e seus cinco grupos de apoio se manifestaram contra a proposta, assim como a “Chapa Mais Vasco” formada por seis grupos recentemente. A Cruzada Vascaína, através de seu Presidente Carlos Leão, atual Vice-Presidente de Finanças e que exerce o cargo de CEO do Novo CT do Almirante se manifestou contra também.

Citando os grupos políticos, Identidade Vasco (presidido por Roberto Monteiro, Presidente do Conselho Deliberativo), Casaca e Fuzarca (que apoiam a candidatura do Grande Benemérito Luís Manuel Fernandes) além do grupo “Avante Gigante” (que apoia a candidatura de Frederico Lopes, Benemérito e ex-VP de Futebol da administração Campello até maio de 2018) são favoráveis e consideram a atual reforma “um avanço para o Club”, contemplando as eleições diretas que, segundo seus líderes, têm que ser votados pela Assembleia Geral junto à reforma do estatuto e não em separado.

Há outra questão também envolvendo esse jogo político do Club: as eleições diretas para Presidente da Diretoria Administrativa. Os grupos “Sempre Vasco” e seus demais grupos de apoio, os da chapa “Mais Vasco” e a “Cruzada Vascaína” são favoráveis às eleições diretas serem votadas pelo associado em separado da reforma do estatuto. Isto porque, segundo o entendimento dos líderes políticos de alguns desses grupos, a votação das eleições diretas em separado seria por força do “Movimento Nova Resposta Histórica”, capitaneado por um grupo de sócios do Club que se valeram do Novo Código Civil para recolher assinaturas de associados, no mínimo vinte por cento, e ter o poder de determinar a convocação de uma Assembleia para tratar, nesse caso, das eleições diretas. Há, no entanto, por parte de alguns dos grupos e/ou líderes divergentes dessa tese de que as assinaturas recolhidas não teriam alcançado a marca dos vinte por cento do quadro social e que as assinaturas e fichas entregues não teriam sido conferidas pelos poderes que representam o Club, tornando nula, segundo esses players, essa convocação.

Em seu Twitter Oficial, o autor do livro “Compliance no futebol” fez, ao longo do dia, algumas postagens sobre a reforma proposta, com críticas às propostas de reforma de Vasco e Cruzeiro. Para Fernando Monfardini, “os pilares básicos são: democracia, independência e autonomia dos controles, transparência, responsabilização e a inserção de responsabilidades e competências que busquem harmonizar interesses e propiciar geração de valor ao clube, lembrando que governança é um mecanismo integrado, então um pilar se envolve no outro e as peças se comunicam para criar uma governança que se comunique, se integre e coopere entre si, abarcando regras para cobrar responsabilidades”.

Ainda segundo Monfardini, “o estatuto deve conter eleição direta, permitir e incentivar aumento do colégio eleitoral, conselhos eleitos proporcionalmente, autonomia e independência dos órgãos de fiscalização aos órgãos de direção, regras objetivas para fraude, gestão temerária e afins; Processo eleitoral transparente, com regras de transição harmônica e obrigações de transparência que ultrapassem a mera publicação de balanço”, citando como exemplos a serem seguidos os estatutos do Bahia EC, Grêmio FPA e Internacional de POA.

Vale lembrar a todos que o programa “Super Papo Vascaíno” em sua luta pela equidade, democracia e debate de ideias no Vasco em alto nível dentre os associados e poderes do Club convidou, entrevistou e ouviu, desde ano passado, Roberto Monteiro e Luís Manuel Fernandes, em específico falando da reforma proposta; além do próprio especialista em Compliance, Fernando Monfardini. Todas essas entrevistas estão postadas abaixo.

Fonte: Super Papo Vascaíno
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