O Campeonato Carioca do ano que vem ainda está longe, mas ele pode ter mais uma novidade na arbitragem. Depois dos árbitros atrás dos gols, que até a Fifa já pensa em utilizar depois dos acontecimentos na Copa das Confederações, o presidente da Coaf, Jorge Rabello, decidiu utilizar o tempo técnico obrigatório, um em cada etapa do jogo.
A novidade foi anunciada ontem durante o simpósio das Séries B e C do Rio, que começam ainda este mês. Essas duas competições vão servir de laboratório para testar o tempo técnico. Se for aprovado, será colocado no regulamento da Série A no ano que vem.
Conversei com muita gente sobre isso, inclusive técnicos de renome, e todos me disseram que a ideia era excelente comentou Rabello, que entregou para cada representante de clube um CD com as recomendações feitas aos árbitros na condução dos jogos das Séries B e C.
O tempo será concedido a partir dos 20 minutos de cada etapa, na primeira paralisação da bola, como numa cobrança de lateral, uma marcação de falta ou impedimento.
O técnico poderá conversar durante dois minutos em sua área técnica com o time.
Os reservas também poderão participar, assim como acontece no basquete e no vôlei.
Enquanto isso, o cronômetro estará parado. Portanto, não haverá a necessidade de acréscimo no tempo para repor os dois minutos.
Convidei os técnicos de todos os times para uma reunião na semana passada. Só cinco vieram.
Alguns disseram que já começariam a trabalhar de forma diferente pensando no tempo técnico revelou Rabello.
Tolerância zero
Os dirigentes decidiram apertar o cerco aos clubes nas duas divisões. Na apresentação de pouco mais de quatro horas, ontem, na sede da Federação, os representantes dos participantes foram informados sobre a obrigação de fornecer um serviço de atendimento ao torcedor (SAT) nos dias dos jogos, com um local ou sala específico. A pena para o não cumprimento é o cancelamento do jogo, com o mandante sendo considerado perdedor por 3 a 0.
A mesma pena será imposta para o clube que não cumprir as regulamentações estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor com relação à presença de uma ambulância para cada 10 mil pessoas de capacidade, com a presença de médicos e enfermeiros devidamente registrados.
O delegado do jogo é o responsável por verificar essas questões.