Mesmo divergindo de Romário sobre a escalação de Alan Kardec para a partida desta quarta-feira, contra a Cabofriense - vencida pelo Vasco por 2 a 0 -, o presidente do clube cruzmaltino, Eurico Miranda, garante que manterá sua amizade com o veterano jogador, que também era técnico do time carioca e pediu demissão da equipe.
Romário decidiu deixar o Vasco porque pretendia escalar Alan Kardec no banco de reservas e sua intenção foi "vetada" por Eurico Miranda. "O Romário entendeu que não deveria ter a interferência. Minha amizade com ele permanece a mesma. Na hora de decidir pelo Vasco, eu sempre decido pelo Vasco, nunca será para a outra parte", disse.
"Quando tomei conhecimento de que pretendiam levar o Alan para o banco, eu ponderei de todas as formas, dizendo que isso não era justo. Não era justo com o jogador e não era justo com o Vasco. Um jogador com todo esse potencial. Todos o querem e o Vasco não o queria? Eu decidi que o Alan Kardec tinha que jogar", explicou Eurico Miranda.
Segundo o presidente vascaíno, Romário discordou de sua decisão e procurou o supervisor de futebol do Vasco, Paulo Angioni, para tratar do assunto. "(Depois disso) o Angioni falou comigo e com todos que ele não seria mais o treinador do Vasco. Lamento a saída do Romário, mas agi na maior tranqüilidade", afirmou Eurico.
"Vou continuar insistindo que o Alan Kardec é jogador do Vasco. No futebol de hoje é difícil dizer que um jogador é de determinado clube. Ele é jogador do Vasco. Tomei a atitude correta e tomaria de novo. Tomarei esse tipo de atitude toda vez que eu entender o que é o melhor para o Vasco", finalizou o presidente vascaíno.