De acordo com informações do site Lancenet, o presidente do Vasco Eurico Miranda eliminou mais 2 associados do quadro social do clube após estes o terem ofendido no programa de rádio "A Voz do Vascaíno". Os sócios são Eduardo de Carvalho Wimmer e Walter Brito Lima. Eles receberão uma carta comunicando a punição, após o que terão 10 dias para se defender no Conselho de Justiça do Vasco. Eurico e o vice de futebol José Luis Moreira também estudam processar a dupla pelas declarações.
As declarações que causaram a expulsão do sócio Eduardo de Carvalho Wimmer foram, segundo o Lancenet, as seguintes:
"Este presidente, junto com o José Luis Moreira, está roubando o Vasco. Já roubaram e continuam roubando. É um cafajeste, mau caráter, bando de filho da 'polícia'. Vão para o inferno, seus desgraçados. Em 23 meses vai ser R$ 33 mil para a mão desse filho da mãe (Zé Luis). Na verdade, vai ser R$ 166 mil para o Zé Luis e, com certeza, R$ 166 mil para o seu Eurico Miranda, esse presidente que está lá roubando o Vasco. Fez uma confissão de dívida fraudulenta. Foi uma safadeza, tinha que mandar todo mundo preso. Pior que ainda tem aquele pessoal que cheira a bunda dele, lambe os colhões desses safados. Isso é uma vergonha, um absurdo. Estão roubando o Vasco declaradamente e assustadoramente. Quem tem caráter não fica lá. Quem tem dignidade sai de lá agora correndo, porque aquilo virou casa de ladrão profissional, bando de marginais que têm que ir para o inferno. Presidente ladrão e safado."
Já o associado Walter Brito Lima foi punido, segundo o Lancenet, pelas seguintes declarações:
"Isso cheira vergonhosamente muito mal. Não vi ninguém falar disso. O Eurico Miranda está se especializando em abrir mão dos direitos do Vasco. Isso para não dar outro adjetivo que dou às vezes. É de uma imoralidade inacreditável. Se o José Luis Moreira tivesse condição tivesse um mínimo de condição moral, ele jamais poderia assumir um cargo no Vasco, pois tinha uma ação contra o Vasco. É uma sem sem-vergonhice, uma cara de pau, um escárnio na cara do sócio. É difícil manter a calma quando vê tanta falcatrua embaixo do nariz. Vê gente fazendo você de idiota, cuspindo na sua cara. Estão lá pelo Vasco? Não, estão pelo Eurico. Não se enganem, pois essa gente não é Vasco. É Eurico. Qualquer conselheiro sério sairia desse grupo."
Eduardo de Carvalho Wimmer também fez duras críticas a integrantes da oposição, que detém 30 cadeiras no Conselho Deliberativo do Vasco. De acordo com o conselheiro oposicionista Carlos Leão, no entanto, Wimmer, por ora, não será processado:
"Acho que ele é uma metralhadora giratória. Fala de uma maneira equivocada, agressiva e irresponsável e, por isso, ficou vulnerável a uma expulsão. Agora, independentemente de ter falado o que falou, inclusive de nós, da oposição, o que faz constantemente, entendemos que uma expulsão sem direito de resposta, ou defesa, não condiz com a história democrática do Vasco. Não concordamos com a maior parte do que ele falou, mas seja quem for merece ter o direito de defesa, do contraditório e do devido processo legal antes de ser expulso, considerando tratar-se de medida extrema no âmbito do clube", declarou Carlos Leão ao Lancenet.
Eduardo de Carvalho Wimmer e Walter Brito Lima não foram os primeiros sócios punidos por Eurico em sua nova administração à frente do Vasco. Em agosto, o associado Davidson de Mattos foi expulso e outros 4 suspensos por 6 meses.
Ainda de acordo com informações do site Lancenet, o conselheiro Mário Piragibe anunciou que vai renunciar ao seu posto no Conselho Deliberativo do clube. Piragibe apresentou seus motivos:
"A oposição do Vasco não existe. O Eurico faz o que ele quer lá dentro. Fechou a secretaria para não receber petições e ninguém vai à Justiça para isso. Eles têm medo dele. O Júlio Brant só vai à reunião do Conselho Deliberativo, quando vai, com seguranças armados porque tem medo. Na última reunião (quando perdoaram a dívida de R$ 3 milhões de Eurico com o Vasco), só eu fui. Foram 153 contra mim. Uma vez o Léo Gonçalves me disse que não tinham ninguém para colocar no Conselho Fiscal. Falei que se ninguém queria, poderia colocar meu nome. Aí o Julio Brant e o João Marcos Amorim, que antes concordaram, posteriormente foram violentamente contrários. Ou seja, a coisa é pessoal. Essa gente não merece a minha confiança. Vou esperar a próxima reunião e vou ler a minha carta de renúncia", afirmou Mário Piragibe em entrevista ao site Lancenet.
Em declaração ao mesmo veículo, Carlos Leão, também conselheiro de oposição e integrante do grupo Cruzada Vascaína, rebateu as afirmações de Piragibe:
"O Piragibe tem uma visão individualista do clube que não condiz com a visão do grupo. Nunca sugeriu nem executou nada de forma consistente dentro do atual Conselho e apenas será prontamente substituído por alguém da Cruzada quando confirmar a renúncia", afirmou Leão ao Lancenet.