O processo eleitoral do Vasco teve início em meio a discussões a respeito da lista de sócios aptos. Na última semana, a Junta Eleitoral do clube aprovou uma relação com 7.109 nomes de sócios elegíveis, para quem se exige cinco anos de efetividade no quadro social. Falta ainda definir a listagem final de sócios aptos a votar no pleito de novembro.
Na lista original de sócios elegíveis não constava, por exemplo, o nome do candidato da oposição Julio Brant. Ele alegou não ter recebido boletos nos últimos dois anos, mas disse ter pagado as mensalidades em juízo. O prazo para impugnação - isto é, a inclusão de nomes na lista de sócios elegíveis - se estendeu até terça-feira desta semana.
Perguntado sobre o assunto após evento de lançamento do currículo metodólogico da base, na quarta-feira, o presidente do Vasco Eurico Miranda minimizou divergências e disse que a elaboração da lista segue o rito previsto no estatuto do clube.
- Isso é coisa que não precisa ser acompanhada. O estatuto é claro: apresenta a listagem, tem direito à impugnação, depois é apresentada a listagem definitiva. Tentam dizer que houve discussão, mas não houve absolutamente nenhuma discussão. A coisa está sendo feita de acordo com o estatuto, como deve ser - disse Eurico.
A Junta Eleitoral do Vasco deve divulgar, nos próximos dias, a lista definitiva de sócios que podem participar das eleições do clube. Depois disso, a data do pleito será marcada e as chapas poderão ser inscritas. Brant, por exemplo, lançará oficialmente a candidatura em 21 de setembro. Eurico marcou o lançamento de sua chapa à reeleição para o dia 14.
Em fevereiro, a Justiça chegou a apreender uma relação com 180 mil nomes, que dizia respeito à base geral de inscritos no quadro social do clube. Havia até nomes admitidos em 1900. O número excessivo chamou atenção de candidatos da oposição, que tentaram realizar perícia na lista.
Em nota, o Vasco frisou que a relação com 180 mil nomes não diz respeito àqueles aptos a votar. No comunicado, o clube argumentou que a divulgação da lista final de sócios aptos a voto não poderia ser feita fora do período eleitoral, já que há critérios como adimplência e período mínimo de associação (um ano), fatores que variam ao longo do ano.