O mesmo Vasco que apresentou ontem a Viton 44 como novo patrocinador tem ‘perdido’ dinheiro para a Caixa Econômica Federal, sua antiga patrocinadora master. De setembro do ano passado para cá, o clube da Colina já fez o equivalente a R$ 10,5 milhões em propaganda gratuita para o banco estatal.
Na coletiva para falar a respeito do novo parceiro, que estampará sua marca na manga da camisa, o presidente Eurico Miranda se esquivou das perguntas a respeito da lacuna financeira que continua aberta no principal espaço do uniforme. O contrato se encerrou há sete meses, mas tanto a diretoria antiga quanto a atual optaram por manter a publicidade da empresa nos uniformes e nas instalações do clube.
- A respeito da Caixa, o torcedor do Vasco só pode esperar. Estou confiante quanto ao acerto com a Viton. Do amanhã, eu não sei. Eu já falei isso outras vezes, eu não estou preocupado com a renovação da Caixa. O que é raro para mim, estou calmo - disse Eurico Miranda.
A iniciativa serve tanto para mostrar a boa vontade vascaína como banco quanto para exercer uma espécie de pressão pela assinatura de um novo contrato. Em sete meses, levando-se em consideração os valores pagos no compromisso antigo, foram R$ 1,5 milhão por mês que o Vasco bancou até agora para persuadir a Caixa.
Enquanto não tem o sinal positivo do banco estatal, às voltas com a crise financeira do governo federal, o Vasco ataca em outras frentes. O acerto com o Viton 44, anunciado ontem, tem duração até dezembro de 2016, e renderá aproximadamente R$ 15 milhões, pouco mais de R$ 700 mil por mês.
Questionado se o valor ajudará o Vasco a seguir com os salários de 2015 em dia, o presidente foi incisivo.
- O compromisso foi assumido e os salários estão em dia, independentemente da vinda da Viton. Se não tivéssemos os problemas passados, estaríamos navegando em águas tranquilas. O Vasco está indo além das expectativas - afirmou Eurico.