O futebol brasileiro viu ser escrito mais um capítulo de sua história nesta terça-feira. Infelizmente, o caso aconteceu fora de campo a trata-se de uma execução de dívida, cerca de R$ 9 milhões, do atacante Edmundo, hoje no Palmeiras, contra o Vasco e o seu presidente Eurico Miranda.
O advogado do jogador, Leven Siano, reuniu a imprensa para falar sobre o ineditismo de um dirigente ter de pagar uma dívida do clube com seus patrimônios pessoais.
- É a primeira vez no Brasil que um dirigente é condenado por dívida do clube. A lei 10.672, de moralização do esporte, entrou em vigor na mesma data do estatuto do torcedor e prevê que o clube que não virar empresa faz com que dirigentes e sócios respondam pelas dívidas contraídas - explicou Leven Siano.
Ainda de acordo com o advogado de Edmundo, a juíza Cláudia de Souza Gomes Freire, da 53º Vara, entendeu que Eurico Miranda utilizou-se de dinheiro do Vasco para contratar advogados e defender-se dos processos oriundos da CPI, em 2003, desviou recursos para efeitos próprios e faz confusão patrimonial do clube e com os seus.
- Eurico desvia recursos do clube desde quando foi vice-presidente. Isso já foi provado e depois da execução da dívida ele terá 24 horas para pagá-la ou apresentar bens que somem o total da dívida.
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