Ex-presidente do Vasco e possível candidato de oposição em 2014, Eurico Miranda disparou contra a postura da atual diretoria do Vasco por ter permitido que o jogo contra o Atlético-PR continuasse na Arena Joiville depois da briga entre as torcidas, que paralisou a partida por uma hora e dez minutos e deixou diversos feridos. O jogo terminou em goleada para os paranaenses, que venceram por 5 a 1.
Eurico considerou que o Vasco não deveria ter retornado para o gramado por avaliar que não havia segurança para o jogo prosseguir. Questionado sobre o rebaixamento, ele afirmou ser uma "tragédia anunciada", mas ressaltou que a "tragédia" deste domingo, a goleada, poderia ter sido evitada:
- Isso aí é uma tragédia anunciada. Mas essa tragédia anunciada de hoje poderia ter sido evitada. Não era possível que esse jogo continuasse. Se tivesse alguém com firmeza no Vasco não haveria mais jogo. Qual é a condição de ter um jogo daquele? Um jogo sem segurança, sem polícia nenhuma, esse jogo não deveria nem ter começado. Segurança privada, isso é brincadeira. Não tem o que falar. É uma tragédia anunciada, mas culminou com mais uma decisão covarde do pessoal que está lá. Só isso que tenho a dizer, mais nada - disse Eurico.
O atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, se mostrou contrário à continuação do jogo no momento da paralisação. Mas alegou que não poderia ordenar a retirada do time, jogando a responsabilidade para o delegado do jogo e a Polícia Militar de Santa Catarina.
- Falei com o delegado do jogo e com a Polícia Militar. Se continuar o jogo e acontecer alguma coisa, os responsaveis são eles. Não estão respeitando o que é mais importante: vidas. Não é o rebaixamento nem nada. Não estamos pensando em Primeira ou Segunda Divisão. Estamos pensando em vidas. Não posso tirar o meu time de campo - afirmou Dinamite.