presidente do Fluminense, Pedro Eduardo Silva Abad, e Eurico Brandão, vice-presidente de futebol do Vasco e filho do presidente do clube, Eurico Miranda, chegaram para depor na Cidade da Polícia por volta das 11h30 desta sexta-feira (1). Eles são alvos de mandados de condução coercitiva em uma operação que investiga favorecimento e relações promíscuas entre os clubes e as torcidas organizadas.
Na chegada à delegacia, Eurico Brandão, conhecido como Euriquinho, disse que foi prestar esclarecimentos como testemunha. Mas, segundo a polícia e o MP, ele não foi convidado, mas obrigado a depor. "Eu estou aqui como testemunha. Não estou como envolvido no processo. Não tenho nenhum envolvimento. Vou ver se eu posso ajudar em alguma coisa. Espero que possa ajudar", alegou o filho de Eurico Miranda.
Nesta manhã, três líderes de torcidas organizadas de times de futebol do Rio foram presos por Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (Gaedest), do Ministério Público, e com o Juizado Especial do Torcedor.
Os agentes ainda cumpriram um mandado de condução coercitiva contra um dirigente do Botafogo. A polícia está nas sedes dos clubes cumprindo mandados de busca e apreensão.
Presidente do Fluminense chegou por volta das 11h30 para prestar depoimento (Foto: Reprodução / GloboNews)
A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do vice-presidente de Estádios do Botafogo, Anderson Simões, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Simões também foi levado para delegacia, alvo de condução coercitiva. Ainda não há informações sobre o que foi apreendido na casa dele.
Por volta das 6h, foram presos Manuel de Oliveira Menezes, presidente da Young Flu, que estava em casa em um condomínio fechado em Quintino, na Zona Norte do Rio, Luiz Carlos Torres Júnior, o Fila, vice-presidente da Young Flu, e Ricardo Alexandre Alves, o Pará, presidente da Força Flu.
O objetivo da Operação Limpidus é cumprir 4 mandados de prisão, 10 de condução coercitiva e 13 de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos (JETGE). Os presos serão indiciados por associação criminosa e prática de cambismo.
As torcidas Young Flu e Força Flu disseram que vão se manifestar quando tiverem mais informações sobre a operação. O Botafogo disse que vai se posicionar mais tarde, com uma nota oficial. Os outros citados ainda não se manifestaram.