O jogador Geder, ex-Vasco da Gama, com passagem pelo futebol da Rússia e atualmente no francês Le Mans, foi vítima de golpe de aproximadamente R$ 1 milhão. O montante foi aplicado pelo jogador na construção de centro esportivo em Cabo Frio. O complexo, que ganhou o nome de Geder Soccer, seria administrado pelo cunhado do jogador, Sandro Bonazza, casado com Ana Lúcia da Silva, irmã do zagueiro. À frente dos negócios também estaria o irmão de Sandro, Gilberto Bonazza Filho.
De acordo com o processo, Gilberto teria convencido o atleta a investir no empreendimento com o objetivo de se apropriar do centro esportivo por meio da regularização do terreno com ação de usucapião em favor de Ana Lúcia. A regularização do terreno, no entanto, veio precedida de contrato em que a irmã de Geder se comprometia a doar metade da área a Gilberto.
O centro esportivo, porém, foi construído em área onde mora a mãe do jogador, Maria Aparecida Ferreira, há quase 30 anos. O jogador ficou sabendo do golpe porque a mãe desconfiou que estava sendo lesada pela filha e descobriu a ação de usucapião de Ana Lúcia.
Procurado por O DIA, Gilberto disse que a propriedade deve ser discutida na Justiça. “Aquilo não é dele. O centro é uma sociedade e nós administramos a cessão de uso”, afirmou.
Sede fica em área nobre de Cabo Frio
Além de correr o risco de perder o investimento de R$ 1 milhão feito no Geder Soccer, o zagueiro do clube francês Le Mans também levou o prejuízo da receita de exploração do centro esportivo. A área é usada como sede para aulas de esportes, dança e aluguel de festas. Localizado em área nobre, no Centro de Cabo Frio, o complexo perdeu até mesmo o nome do jogador. O letreiro que indicava o vínculo do atleta com o centro foi retirado. O cunhado de Geder, Sandro, antes de ingressar nesse empreendimento, já foi gerente de boate do jogador Romário na cidade, a Eleven.
O zagueiro e sua mãe entraram com ação de oposição ao pedido de usucapião do terreno e seqüestro da propriedade administrada por Ana Lúcia e os Bonazzas. A família do atleta está sendo representada por Ricardo Mariz — que também é advogado da doméstica Sirley, agredida por pitboys na Barra, em 2007 —, Emerson Bezerra e André Farias.