Meio-campista que se destacou no Flamengo e no Vasco da Gama, nos anos 70, Carlos Roberto Zanata Amato, o Zanata, deixou sua querida Campinas (onde trabalhava na revelação de jogadores) e mudou para o Rio de Janeiro, onde está aposentado e, definitivamente, não quer mais saber de futebol. \"Futebol pra mim é passado\", frisa com veemência. Antes, ele foi técnico do Vasco da Gama e também na Arábia Saudita, onde dirigiu entre outras equipes o Al Ahli .
Nascido em São José do Rio Pardo (SP), dia 6 de setembro de 1950, Zanata fez 140 partidas (65 vitórias, 44 empates e 31 derrotas) com a camisa rubro-negra entre 1968 e 1972 (números do \"Almanaque do Flamengo\", de Roberto Assaf e Clóvis Martins).
No Vasco, o meio-campista fez parte do time campeão brasileiro de 1974. Em São Januário, Zanata fez parte da seguinte equipe vitoriosa do nacional: Andrada; Fídelis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos. O técnico era Mário Travaglini.
O Vasco derrotou o forte time cruzeirense, 2 a 1, na polêmica final do Brasileirão de 1974, que aconteceu no Maracanã no dia 1º de agosto. Os gols vascaínos foram marcados por Ademir e Jorginho Carvoeiro. O lateral-direito Nelinho descontou para a Raposa, que também seria vice-campeã nacional em 1975.
PARTICIPAÇÃO EM GOL ANTOLÓGICO
Zanata começou a jogada de um dos gols mais bonitos da história do futebol brasileiro. Quem nunca viu aquele gol de Roberto Dinamite, em que o artilheiro vascaíno domina no peito e aplica um lindo chapéu no zagueiro botafoguense Osmar Guarnelli, não sabe o que está perdendo. Zanata foi o responsável pelo cruzamento, da direita, para Dinamite marcar no goleiro Wendel um dos mais maravilhosos gols de nosso futebol.
por Rogério Micheletti