Para um técnico que ganhou prestígio com a conquista de títulos, 2013 poderia ser esquecido por Dorival Júnior. Demitido do Flamengo em março por corte de custo, aceitou a missão de livrar o Vasco do rebaixamento, mas ficou em São Januário menos de quatro meses. Duas semanas após nova demissão, aceitou um desafio ainda maior: comandar o Fluminense em cinco jogos para evitar uma queda para a Série B. Depois de duas partidas e duas vitórias, o panorama mudou, mas Dorival mantém suas convicções. Para ele, a temporada ruim faz parte da vida de qualquer treinador, e a permanência tricolor na Série A jamais será uma conquista pessoal.
— Sinceramente, não estou preocupado com o lado pessoal. O trabalho no Flamengo vinha fluindo, não saí pelos resultados. No Vasco, as coisas deram certo por um tempo e depois os resultados não aconteceram, embora eu ainda acreditasse. Não aceitei vir para o Fluminense para salvar um ano ruim meu. Um clube dessa grandeza não cair está muito acima disso — comentou o treinador.
Dorival soube das críticas de Juninho Pernambucano, em entrevista à Rádio Globo, no último sábado, a sua decisão de comandar o Fluminense, que briga com o Vasco para não cair. Para o treinador, sua decisão precisa ser respeitada, assim como ele entendeu a posição do Vasco em dispensá-lo:
— Fiz o melhor que pude no Vasco. O clube preferiu me dispensar, e respeitei. Fiquei disponível no mercado, e veio o convite do Fluminense. Como acredito no meu trabalho, aceitei. Não me arrependo das decisões que tomo.
Agora, o desafio de Dorival é outro. Para ele, o Fluminense não pode se iludir com as duas últimas vitórias.
— Eram cinco decisões, agora são três. Se relaxarmos, pode ser fatal.