Ex-Vasco, Paulinho fala sobre adaptação na Alemanha

Tita, Jorginho, Emerson, Zé Roberto, Lúcio, Juan, Renanto Augusto. Esses são alguns do 22 brasileiros que já vestiram a camisa do Bayer Leverkusen. Paulinho, aos 18 anos, se tornou o vigésimo terceiro. Contratado por 20 milhões de euros em abril do ano passado, a ex-joia do Vasco e titular da seleção brasileira sub 20, vive a primeira temporada no clube alemão.

Adaptado ao clima - fez entre -2˚ e 6˚ graus em Leverkusen nessa semana, e fazendo aulas de alemão, o atacante espera jogar mais nessa temporada. Desde que chegou, disputou 12 partidas e fez um gol - na vitória por 5 a 2 sobre o AEK Larnaca, pela Liga Europa. Para as pretensões dele, é pouco.

- Eu quero estar jogando, eu quero sempre estar jogando, não quero estar encostado porque eu sei o quanto isso dificulta pra um jogador e o jogador que quer alcançar o alto nível tem que estar jogando e eu busco isso sempre, sempre busquei isso e vou continuar buscando - afirmou Paulinho em entrevista exclusiva.

Paulinho analisa que a lesão no cotovelo quando ainda estava no Vasco, em abril de 2018, influenciou muito para que ele não conquistasse a sequência que gostaria pelo Bayer. Ele demorou seis meses até disputar uma partida completa - empate em 1 a 1 com o Ludogrets, pela Liga Europa, no dia 29 de novembro.

- Perdi força, perdi em todos os aspectos que um jogador de futebol precisa. Então, eu procurei me esforçar bastante nesses meses pra poder chegar aqui e não sofrer tanto. Eu não sofri tanto, mas sei que eles estavam na minha frente, ainda mais com a questão da pré-temporada. Você sofre um pouquinho na pré-temporada pra pegar o ritmo e ainda não peguei total meu ritmo de jogo de quando eu tava no Vasco.

Paulinho em abril do ano passado: lesão complicada no cotovelo esquerdo — Foto: Felipe Schmidt/GloboEsporte.com

E recentes mudanças na comissão técnica do Bayer Leverkusen podem ajudar Paulinho nesse desejo de estar sempre jogando. O clube trocou o comando do time no fim do ano passado: saiu o alemão Heiko Herrlich e entrou o holandês Peter Bosz.

- Claro que a chegada de um novo treinador dá uma oportunidade que outros jogadores que poderiam mostrar tenham esse tempo pra mostrar uma boa impressão. Isso aconteceu comigo.

Bosz ainda não estreou em partidas oficiais pelo Bayer, mas desde que assumiu liderou o time em três amistosos. Paulinho participou de depois e, no último deles, marcou dois gols - vitória sobre o Preßuen Münster por 4 a 2.

- A chegada dele foi boa pra todo mundo. No momento que a gente mais precisou de mudança, até mesmo do ambiente, ajudou bastante. Ele está conseguindo implementar o estilo dele que a maioria aí que está vivendo esse futebol moderno consegue entender e está me facilitando também - salientou.

Nesse sábado, o Bayer Leverkusen entra em campo pelo Campeonato Alemão contra o Borussia Mönchengladbach. O time que sempre esteve acostumado a disputar a Liga dos Campeões (esteve em 5 das últimas 7 edições) ficou fora nesse ano. Conseguiu apenas a classificação para a Liga Europa. Na atual temporada (2018/2019), a situação novamente é complicada. Em novo lugar na Bundesliga, o time de Paulinho precisa de pontos pra voltar a disputar a principal competição do continente.

- Eu vou pro jogo e quando tiver oportunidade, fazer uma boa partida ajudar o time a subir na tabela que a gente tanto precisa - afirmou Paulinho.