Conhecido pela força física acima da média, Nilton foi atuar em junho deste ano no Vissel Kobe, do Japão. O ex-volante de Vasco sofreu bastante até se acostumar com o fuso horário local. Como no começo de sua estadia ainda estava sem a família, ele trocava o dia pela noite e resolvia dar uma passeada pela vizinhança atrás do que fazer.
"Depois dos treinos intensos eu ficava cansado e dormia de tarde. À noite estava sem sono e andava a pé pela cidade de Kobe e conhecia as coisas lá de madrugada. Tudo escuro e apagado e só eu querendo achar algo aberto que pudesse prender a minha atenção (risos)", disse o jogador, ao ESPN.com.br.
Dono de um dos chutes mais violentos do futebol brasileiro nos últimos anos, ele assustou os adversários e até mesmo seus novos companheiros de equipe.
"O pessoal me colocou o apelido de trem, pedra e coisa muito bruta (risos). Teve um lance no jogo contra o Urawa Red que dividi com um centroavante sérvio muito grande. Falaram que foi um encontro de dois trens (risos). Levei a melhor, ele infelizmente caiu machucado no chão".
"Ele voltou depois para a partida e veio falar que a pancada foi tão forte que achou que tinha machucado a costela. O pessoal brinca muito comigo. Tudo que é forte colocam de apelido em mim (risos)".
Desde os tempos em que jogava no Brasil, o atleta relatou que durante os treinos de falta era um "salve-se quem puder". "O chute forte e o medo do pessoal de ficar na barreira continuam iguais por aqui (risos). Ainda não fiz gol de falta, mas treino muito. Eles brincam que chuto forte demais. Continuo o mesmo ‘Niltonglicerina' de sempre (risos)".
"O professor Nelsinho Baptista pede para eu bater na direção da barreira porque os caras sabem que o chute é forte e irão abrir. O pessoal sabe que pode machucar (risos). Tenho que usar isso ao meu favor e bater de longa distância".