O Vasco tem mais um reforço praticamente certo para a lista de credores. A 68° Vara do Trabalho confirmou a decisão da juíza Simone Bemfica Borges a favor da rescisão indireta de contrato, e o meio-campo Wendel terá direito a receber quase R$ 10 milhões de verbas trabalhistas vencidas, incluindo premiações, desde 2012 até o fim do vínculo, em junho de 2015.
A sentença aconteceu em março de 2015, mas a segunda instãncia foi confirmada em acórdão no último dia 15 de setembro, e publicada dia 30 no Diário Oficial, após audiência envolvendo o advogado do Vasco, Paulo Máximo, e do jogador, Marcus Vinicius Miranda Fernandes. O clube pode recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho.
O valor do processo é com base no salário do atleta, de R$ 250 mil, fora luvas, premiações e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. O FGTS só foi pago por dois meses. O jogador tinha mais de R$ 1 milhão em luva vencidas e R$ 600 mil de direito de imagem pendente, além de quatro meses de salários atrasados na carteira.
O advogado do atleta, Marcus Vinicius Fernandes, informou que está à disposição para um possível acordo. Os valores ainda podem aumentar durante a fase de execução em razão de juros e atualizações monetárias.
O vice-jurídico do Vasco, Paulo Reis, foi procurado para esclarecer a posição do clube, mas disse que estava ocupado e não podia falar.
Wendel foi afastado do elenco vascaíno em 2014, e passou a treinar separado, por opção técnica. O Sport fez uma proposta ao jogador e ele deixou São Januário liberado na Justiça, sem tentar um acordo com a diretoria.