Mais um capítulo da complexa disputa política na rotina do Vasco: encerrou nesta quarta-feira à noite o prazo dado pela Justiça para que Luiz Gustavo, ex-vice-presidente de patrimônio do clube, comprovasse gastos descritos em borderôs de jogos deste ano como "despesas operacionais".
A notificação judicial, recebida na segunda-feira à noite, determinava que o ex-dirigente entregasse os documentos e as notas fiscais no Cruz-Maltino em até 48h.
O Cruz-Maltino, alegando não ter recebido os papéis, vai entrar com uma ação na Justiça pedindo que Luiz Gustavo devolva os valores que não foram justificados nos borderôs com notas fiscais, apenas como "despesas operacionais".
No meio da sessão, deixou o clube antes mesmo de votar sobre a abertura de uma sindicância para apurar denúncias contra a gestão de Campello.
- Em todos os jogos, existe um borderô: uma relação de receitas e despesas feita pela Federação, onde ela lança tudo relativo à bilheteria e os custos para realização dos jogos. É natural que no dia seguinte, as notas fiscais, comprovantes, enfim, os documentos contábeis relativos ao jogo sejam anexados ao borderô e entregues na contabilidade do clube, assim como as receitas na tesouraria. Mas desde o início do ano não vinhamos recebendo borderôs, e esse é um dos motivos que me fez interferir na operação de jogo - declarou o presidente do clube, Alexandre Campello, após a reunião.