Falta pouco mais de um mês para o fim do contrato de Carlos Alberto. No dia a dia o jogador segue cumprindo as determinações da comissão técnica e participa de toda a programação do elenco. No entanto, internamente se mostra cada vez mais incomodado. Nos últimos dias, o descontentamento com o fato de não ter recebido qualquer contato do clube transformou-se em abatimento.
Pessoas próximas se dizem preocupadas com Carlos Alberto, que recentemente passou a mostrar claro sinais de abalo com a situação. Neste momento ele já esperava ter recebido da diretoria um aceno sobre a possibilidade de renovar ou não. Mas o que se viu até o momento foi o completo silêncio do clube, seja o diretor Ricardo Gomes, o presidente Roberto Dinamite ou o diretor geral Cristiano Koehler.
O Vasco já deixou claro que o atual salário de Carlos Alberto está muito acima do atual padrão estabelecido pela diretoria. Mesmo assim, o meia disse entender a situação e mostrou-se disposto a ouvir a possível oferta do clube e estudá-la. Entretanto, embora Ricardo Gomes e o empresário Carlos Leite já tenham tido uma primeira conversa, não foi formulada qualquer oferta salarial.
Seja via imprensa ou em conversas internas, Carlos Alberto disse que pretende ficar em São Januário, mesmo que o Vasco ainda tenha uma alta dívida com ele. Além dos cerca de R$ 2 milhões atrasados referentes a salários e direitos de imagem, o clube ainda não reembolsou os cerca de R$ 60 mil que o jogador pagou por laudos e outros documentos para sua defesa em recente julgamento sob acusação de doping.
Na última quinta-feira Carlos Alberto não participou do treino do Vasco, levantando a possibilidade de haver uma rodada de negociações. Mas isso acabou por não se concretizar. Até 2 de agosto, quando se encerra o contrato, o capitão tem mais cinco partidas a disputar: contra Internacional, Flamengo, Fluminense, Criciúma e Goiás.