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Federação e DF ganharam R$ 2 mi com jogos vendidos em Brasília

A Federação de Futebol do Distrito Federal faturou R$ 1,12 milhão com as taxas que recebeu dos jogos do Brasileiro realizados no estádio Mané Garrincha em 2018 e 2019. Foram oito, todos com o mando de campo vendido, algo que a CBF colocou no regulamento de 2020 da competição como proibido após decisão dos clubes no congresso técnico, em fevereiro.

A ida do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao Rio para conversar com a cúpula da CBF sobre o assunto tinha como objetivo minimizar a perda de receita significativa que a regra terá para o futebol local: além da federação, o estádio Mané Garrincha, que desde fevereiro está exclusivamente sob responsabilidade de uma empresa, também perderá dinheiro.

Nas oito partidas realizadas entre 2018 e 2019 a taxa de aluguel paga pelo uso da arena foi de R$ 921.798, dinheiro que entrou nos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF), dono do estádio. Somente de taxas para a federação e para o uso do estádio, portanto, foi descontado da renda das partidas o total de R$ 2,041 milhões.

Em julho de 2019, a administração do Mané Garrincha passou a ser dividida entre o governo e a Arena BSB, consórcio que ganhou por 35 anos a concessão do complexo chamado Arenaplex, que além do estádio tem o ginásio Nilson Nelson e o complexo aquático Claudio Coutinho. Mesmo assim a receita de eventos como as partidas de futebol eram direcionadas ao GDF.

Em fevereiro de 2020, a administração do complexo passou exclusivamente à Arena BSB, que receberá todas as receitas e terá todos os gastos com a manutenção. Pelo contrato de concessão, entretanto, a empresa pagará fixo cerca de R$ 5,5 milhões por ano para o governo do Distrito Federal, além de 5% do faturamento anual. Ou seja, quantos mais eventos o Mané Garrincha tiver, mais a Arena BSB ganha e mais repassa ao GDF ao fim do ano.

Em nota, Ibaneis Rocha disse que "no interesse da população, pediu a reunião com os mandatários da CBF no sentido de solicitar que os critérios de transferência fossem melhor esclarecidos para não prejudicar aqueles que buscam a valorização das arenas construídas para a Copa do Mundo de 2014". Também escreveu "concordar com a correta deliberação da CBF em relação ao mando de campo, adotada em decisão majoritária dos clubes".

No regulamento do Brasileiro já publicado é proibida a venda de mando de campo, mas há algumas possibilidades de ter jogo em Brasília de times com grande torcida na cidade, como Flamengo, Corinthians, Vasco e Palmeiras, desde que sejam os mandantes e, claro, não ganhem dinheiro de terceiros para jogar por lá. Algo que, na ponta do lápis, não deve vale a pena para nenhum deles, já que a empresa que comprava o mando pagava, além de uma gorda cota, todo os gastos com deslocamento, acomodação e alimentação.

Jogos com mando vendido no Brasileiro nos dois últimos anos:

2019
Fluminense x Corinthians - DF
Avaí x Flamengo - DF
Vasco x Flamengo - DF
Vasco x CSA - Cariacica (ES)
CSA x Flamengo - DF
Botafogo x Palmeiras - DF
Vasco x Corinthians - AM

2018
Paraná x Palmeiras - Londrina (PR)
Vasco x Flamengo - DF
Vasco x Corinthians - DF
Fluminense x Flamengo - DF

Fonte: UOL Esporte
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