A cada rodada o torcedor vascaíno, que deposita todas as suas esperanças na entrada dos reforços, fica mais frustrado. E o motivo é sempre o mesmo: os nomes dos jogadores ainda não apareceram no boletim da CBF, o que impossibilita suas escalações. O sistema da Fifa para a transferência de atletas (TMS, na sigla em inglês) tem sido uma dor de cabeça frequente para clubes e confederações.
De acordo com o advogado especializado em direito desportivo Marcos Motta, o funcionamento do sistema adotado pela Fifa ainda não foi bem compreendido pelos clubes brasileiros, que se complicam na hora de usá-lo. A demora na liberação dos atletas acontece devido a exigências burocráticas:
Tanto o clube aqui no Brasil quanto o clube no exterior precisam preencher um formulário. Se alguma informação não bater, o atleta não é liberado.
Outros fatores podem ocasionar o atraso. Fuso horário e feriados nacionais costumam ser entraves. No caso do meia Felipe, o diretor executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, explicou que a federação do Qatar país onde o atleta atuava não abre às sextas-feiras, dia sagrado local. Por isso, o documento liberatório ainda não chegou no Brasil.
Apesar de os nomes de Felipe, Zé Roberto, Éder Luís e Carlos Alberto ainda não terem aparecido no boletim da CBF, o executivo afirma que todas as taxas já foram pagas e os formulários, preenchidos. Ou seja: não há mais nada que o clube possa fazer.
O imprevisto não agradou a PC Gusmão, que esperava usar os reforços hoje. Assim, ganhariam ritmo de jogo antes de enfrentar o Flamengo, no dia 1.