No dia do rebaixamento do Vasco, em 2008, a imagem do choro de Pedrinho se transformou em símbolo da tristeza da torcida. Um dos remanescentes do time do ano passado, o zagueiro Fernando telefonou para o amigo sábado à noite e lhe dedicou o acesso.
Falei para o Pedrinho que esse acesso era dedicado a ele. Um cara que conheci há pouco tempo, mas por quem tenho muito carinho, elogiou Fernando.
Sábado, o zagueiro chorou ainda no gramado do Maracanã, depois da vitória sobre o Juventude, que confirmou o retorno vascaíno à Série A. Ontem, ele justificou a emoção.
Sentia que estava em dívida com o Vasco. Não só eu, mas todo mundo que participou do rebaixamento e ficou no clube, tinha no coração que devia colocar o Vasco no lugar que ele merece. Não queria provar nada a ninguém. Estava mais preocupado em pagar essa dívida comigo mesmo, refletiu.
Fernando ainda lembra bem o que sentiu no momento em que o juiz apitou o fim do jogo contra o Juventude. Passou aquele filme rápido na cabeça. Os cinco meses que fiquei sem jogar, as coisas que penei para alcançar... Tirei metade do peso que estava nas costas.