Os conselheiros do Vasco se reunem nesta sexta-feira para eleger o novo presidente do clube .
E a maior expectativa gira em torno do conflito interno na aliança que unia a oposição em torno do nome de Julio Brant.
Em tese, a unificação alinhada na "boca da urna" serviu apenas para quebrar a dinastia de Eurico Miranda.
As notórias diferenças ideológicas entre os grupos que apoiavam, respectivamente, Júlio Brant e Alexandre Campello não foram resolvidas.
Brant isolou-se nos últimos dois meses como se a vitória no pleito espelhasse única e tão somente as ideias do grupo "Sempre Vasco".
E Campello jamais se sentiu dentro do projeto de administração formalizado quando da união das chapas, a duas semanas do pleito.
E o resultado foi a ausência incomum dos aliados políticos nos recentes conflitos que exigiram de Júlio Brant uma exposição maior.
Com o rompimento que já se desenhava com traços fortes desde o último sábado, as duas correntes passaram a se acusar.
Os que apoiaram Campello se queixam da tentativa de Brant em transformar o ex-medico do clube numa espécie de "Rainha da Inglaterra".
E os de Brant alegam que se o grupo de Campello realmente não votar pela nomeação de Brant estará traindo o ex-executivo da Andrade Guttierrez.
O CENÁRIO então passou a ser seguinte: qualquer conselheiro presente à reunião da noite desta sexta-feira na Lagoa poderá pleitear a presidência do clube.
Fernando Horta, por exemplo, convencido por Campello, a abrir mão do pleito entre os sócios para unificar a oposicão, pode se lançar entre os 300 conselheiros.
Assim como o próprio Alexandre Campello, que já anunciou não ser mais o vice-presidente caso Brant seja nomeado o presidente.
Ou seja: a já esperada dissolução do bloco de oposição reabriu a disputa entre os três nomes que se intitulavam de oposição.
Como o grupo que apóia Eurico Miranda não deverá lançar um candidato, o fiel da balança serão os votos dos beneméritos que votariam no ex-presdente.
Como Brant fez fortes ataques aos poderes do clube em sua última coletiva, responsabilizando-os pelo o que chamou de caos, sua situação é complicada.
Até o início da assembléia, prevista para ocorrer às 20h30, muita costura há de ser feita,..