Segundo informações do repórter Wilson Pimentel, da Super Rádio Brasil, o Depto. Jurídico do Vasco está reunido neste momento em São Januário, preparando a defesa do clube para o julgamento que acontecerá hoje às 18 horas, para que o Vasco possa reaver na justiça os seis pontos que perdeu por conta da esclação irregular de Jéferson, no jogo de estreia do Vasco contra o Americano.
Fernando Lamar, advogado do Vasco, fala o documento que pode mudar a situação de Jéferson:
\"É um prazer falar com vocês. Na tarde da última sexta-feira eu consegui, junto do diretor da primeira vara de trabalho de Taguatinga, vara essa que proferiu a decisão suspendendo o contrato do Jéferson com o Vasco, uma certidão onde consta que EM MOMENTO ALGUM A FEDERAÇÃO, A CBF OU QUALQUER ENTIDADE FOI INTIMADA A ALTERAR O BIRA OU O BID DO JOGADOR. o que veio simplesmente foi um fax comunicando da decisão proferida pela vara, apenas comunicando. Não teve intimação, palavras do diretor da vara de Taguatinga, Doutor Durval Mendes. Ele, explica, inclusive, que nos autos não tem cópia de intimação nenhuma porque não houve ordem judicial para tanto. Ou seja, se não houve ordem judicial, para tanto, por que a Federação teria que alterar o BIRA? Não teria que alterar o BIRA. Tanto é que a CBF, como eu disse anteriormente, e é o órgão máximo do futebol brasileiro, não alterou o BID em momento algum, por achar que o fax que ela recebeu não teria o efeito de intimação, como não tinha. São palavras do próprio diretor da vara de Taguatinga, repito. Isso é comprovado pela certidão obtida.\"
Motivos para a Federação fazer esta confusão toda em relação a Jéferson:
\"Na realidade, eu não sei. Não posso dizer nem acusar ninguém, mas é no mínimo estranho, é no mínimo esquisito a CBF ter desconsiderado o fax por se tratar apenas de uma comunicação, um comunicado e a Federação agir de forma distinta, sem NENHUMA ORDEM JUDICIAL para isso. Quem ordenou que a Federação alterasse o BIRA do jogador? Ninguém. É no mínimo, estranho. Não vou aqui acusar ninguém, nem acusar nada, mas é no mínimo esquisito\"
Crença que com esse documento a situação possa ser resolvida:
\"Eu estou otimista. Acho que é uma aberração essa punição. Eu acho que é totalmente infundada. O BIRA do jogador não deveria ter sido alterado na sexta-feira, véspera da partida. Eu acho que a gente tem grandes chances, sim. Agora, eu não posso garantir que vamos ganhar porque não sou eu que dou a decisão, não sou eu que voto. A mesa é composta por nove auditores e nós precisamos que cinco votem a nosso favor, pelo menos, para que nõs ganhemos a causa. Mas eu acredito, sim. Acho que enquanto há recurso, nós vamos tentar. E não conseguindo hoje, com certeza nós iremos recorrer ao STJD\"
Corpo jurídico foi ouvido sobre o risco de se colocar Jéferson em campo:
\"Foi ouvido, sim. Na realidade, foi em comum acordo. Fizemos uma reunião entre o corpo jurídico e alguns eram a favor da escalação do Jéferson, outros não. Não vem ao caso citar nomes, mas havia uma divergência no próprio corpo jurídico do Vasco. Aí tudo bem, achou-se que ele deveria ser escalado, até porque ele tinha condição legal de jogo, condição regular de jogo. O que se discutiu era se valia a pena o risco ou não, porque era um caso controverso. O que se discutia no departamento era isso, mas que a condição de jogo dele era regular, não se tinha dúvida.\"