Fernando Miguel não quer saber de retranca no Atlético Goianiense. Em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (8), no CT do Dragão, o goleiro do rubro-negro goiano cobrou uma postura mais ofensiva e corajosa da sua equipe, que vem de duas derrotas consecutivas no Brasileirão, e que na próxima rodada tem pela frente o até então vice-líder da competição, o Palmeiras.
– Temos que voltar a ser uma equipe mais incisiva. Em algum momento nós estávamos com o segundo melhor aproveitamento fora do nosso estádio. Não quer dizer que, porque tivemos dois resultados negativos fora de Goiânia, que não somos uma equipe competitiva, que não tem identidade… Tem a ver com uma oscilação da equipe, um amadurecimento dentro da própria competição e eu penso que a gente precisa seguir em cima da nossa identidade, nossas características.
– Nos jogos que temos feito, nós sempre passamos a impressão – até mesmo quando não conseguimos a vitória – de apresentar um futebol de qualidade, de construção, com ideias… Claro que quando o resultado não vem, fica naquela condição de que não é satisfatório. Precisamos ter equilíbrio, e achar soluções para aquilo que vai fazer com que a nossa equipe eleve o rendimento. Não se ganha mais partidas de qualquer jeito. Temos uma ideia, temos uma forma de jogar e não podemos jogar tudo pro alto porque tivemos dois insucessos em sequência. Precisamos ir pra São Paulo sendo uma equipe corajosa, que constrói e propõe o jogo.
O “Barba” (como é carinhosamente chamado pelos torcedores) ainda aproveitou para deixar claro que não vai falar de renovação de contrato até o final da temporada. O passe do goleiro pertence ao Vasco.
– Tanto o Atlético-GO, quanto o Fernando, precisam terminar este ciclo do Campeonato Brasileiro. O pós, como vai ser conduzido…se vai ter permanência, proposta ou vontade de ambas as partes, isso é depois. Mas pode ter certeza que, no momento adequado, nós vamos sentar, conversar e ver a ideia que cada um tem para o seu futuro. Fico muito feliz com tudo, com a forma que fui recebido, da forma que as coisas se desenvolveram e como pude atuar aqui no Atlético Goianiense. Acredito que recuperei um espaço, porque tivemos dificuldade no Vasco. Mas o Vasco também é o clube que detém o meu passe, então é preciso sentar as três partes e conversarem, se entenderem e verem o que é melhor para cada um. Respeito muito o Atlético-GO, a instituição Vasco da Gama…no momento adequado a gente senta e conversa sobre este assunto.