Os goleiros respiram aliviados. Já os atacantes, reclamam. A polêmica promessa do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de acabar com a paradinha nas cobranças de pênaltis divide opiniões entre os jogadores, técnicos e profissionais do futebol. Enquanto os batedores condenam a proibição, os camisas 1 dos clubes aprovam a iniciativa, mas sem acreditar que a Fifa vá mesmo proibir o recurso.
O goleiro rubro-negro Bruno é um dos mais empolgados com a proibição. Já deveria ter acontecido. A paradinha é uma covardia com os goleiros, afirma Bruno, ainda está incrédulo na aprovação da nova norma: Se for confirmada a proibição, os goleiros poderão se destacar nas disputas de pênaltis.
O goleiro do Vasco, Fernando Prass, também aprova a proibição. Já dizem que pênalti é o castigo máximo no futebol. Com paradinha, esse castigo passa a ser maior ainda para os goleiros. É quase impossível fazer uma defesa. E quando se defende, o juiz sempre manda voltar, pois diz que a gente se mexeu antes, reclama.
O camisa 1 tricolor, Rafael, compartilha a mesma opinião. Se pudéssemos, pelo menos, dar um passo a frente, seria mais tranquilo, mas até isso é proibido para o goleiro, ressalta.
A voz da experiência também está com os goleiros. O Velho Lobo Zagallo defende a proibição. Já está na hora de acabar com isso. O goleiro já tem muita desvantagem no pênalti, afirma.
Já os atacantes condenam a proibição. Tudo que é a favor dos gols sempre deveria ser permitido. Paradinha é uma brincadeira que a torcida gosta, afirma Túlio Maravilha.
O apoiador Maicosuel também está indignado com a possível proibição da Fifa. Vai beneficiar quem comete a infração. O pênalti já é uma segunda chance para o goleiro. Ele não deveria ter mais nenhum outro tipo de ajuda para evitar o gol, disse o jogador do Hoffenheim, da Alemanha. Ele lembra que na Europa ela é pouco utilizada: Na Alemanha os árbitros não deixam bater com paradinha.
O atacante do Fluminense, Kieza, pouco se importou: Não bato e nunca bati com paradinha. Quem bate assim, vai ter de se acostumar.
Já o capitão vascaíno Carlos Alberto também não guarda boas lembranças da paradinha. Perdi uma cobrança da última vez que fiz, contra o Atlético Goianiense. Mas poderia ser feita, desde que os árbitros obrigassem os goleiros a ficarem na linha do gol, diz.