Rio - Há dois anos, o Vasco também chegou à semifinal da Copa do Brasil. O adversário, porém, não era uma surpresa como o Avaí, mas sim o temido Corinthians de Ronaldo. Enquanto os paulistas tinham acabado de conquistar o Paulistão de forma invicta, os vascaínos armavam uma equipe que, no fim daquele ano, ganharia a Série B. Apesar da diferença, inclusive de níveis de investimento (um trouxe Ronaldo, outro Pimpão), o Corinthians só avançou graças ao critério de gols fora de casa, depois de empates por 1 a 1 no Maracanã e 0 a 0 no Pacaembu. Daquele time, ainda estão no Vasco Fernando Prass e o lateral Ramon, além dos reservas Fagner, Elton, Enrico, Jeferson e Fernando.
Para o goleiro vascaíno, são muitas as diferenças entre o time de 2009 e o de agora. \"Teoricamente, hoje temos um time mais qualificado e mais rodado. Naquela época, estávamos em formação de elenco para disputar a Série B. Eram apenas quatro meses de trabalho, e tínhamos 20 e tantos jogadores novos, além de um novo treinador, uma nova diretoria. Acabamos surpreendendo a todos. Aquelas partidas nós jogamos de igual para igual. A semifinal foi decidida nos detalhes a favor do Corinthians\", lembra Fernando Prass
No confronto de dois anos atrás, Prass havia acabado de assumir a posição de titular. Ele começou a cair nas graças da torcida depois de ganhar uma jogada no mano a mano com Ronaldo, aos 37 minutos do segundo tempo na partida do Pacaembu. O goleiro ainda lembra com carinho daquele lance, um de seus preferidos.
\"Como sempre, ele se posicionava no limite do impedimento. O Ronaldo recebeu uma bola e veio para cima de mim. Pensei em sair para combatê-lo fora da área, mas resolvi esperá-lo, porque assim poderia usar as mãos para desarmá-lo. Esperei para ver a reação dele, que podia pedalar, ir para um lado ou outro ou me encobrir, é um jogador de muito recurso. Mas, quando ele me driblou e tentou acertar a passada para chutar, consegui esticar o braço e tirar a bola do Ronaldo\", lembra, orgulhoso, Prass.