Futebol

Fiel escudeiro de Adilson, Jorge Luis revela conversas com o técnico

A cena se repete a cada dia. Adilson Batista observa os jogadores do Vasco se movimentando nas atividades físicas que antecedem o treinamento e fica, por longos minutos, trocando ideias com o auxiliar técnico Jorge Luis. Ex-zagueiros, a afinidade entre os dois começou primeiro pela necessidade do novo treinador em conhecer aspectos do grupo, características dos seus novos comandados e cada informação que Adilson ainda não conhecia no clube.

Companheiro de quarto nas concentrações e viagens de Gustavo Nicoline, analista de desempenho que Adilson trouxe para o Vasco, as conversas seguem a todo vapor fora do campo, em cada refeição do time, em cada momento disponível nos hotéis onde fica a delegação vascaína. E, principalmente, ao lado do treinador, no banco de reservas. Como costuma fazer com os jogadores, Adilson provoca o auxiliar a debater as decisões com ele e pede sua opinião para pensar numa modificação ou numa nova alternativa antes, durante e depois dos jogos.

- Ele é muito atento a cada detalhe. Ainda mais agora, na véspera de pegar um time do porte do Corinthians, que nossa margem de erro tem que ser zero, ele procura ver a reação de cada jogador, entender melhor eles e pergunta para mim: "Se fosse você, o que você faria?" A gente tem uma troca nesse sentido, ele gosta de de receber esse feedback da gente, aí discutimos as coisas e ele fala: "Não, isso (sugerido) é uma merda", "É, você acertou" - conta Jorge Luis, que enfrentou Adilson na final da Copa do Brasil de 1995, quando o atual treinador do Vasco era capitão do Grêmio de Felipão e superou o Flamengo no Maracanã.

O estilo de capitão, que discute e fala de maneira até um pouco mais forte com os jogadores, permanece praticamente intacto como treinador. Jorge Luis mostra admiração pelo trabalho intenso realizado pelo técnico na análise dos adversários nesse breve período à frente do Vasco. E brinca com o jeito "imparável" de Adilson no dia a dia no clube.

- Como o tempo é curto e ele chegou faltando apenas sete jogos, a  gente fica em contato o máximo possível. Antes (com outros treinadores), eu não ia para a concentração, às vezes não ia para jogos fora do Rio, com Adilson faço todas as viagens e ele também prefere que eu fique no banco para discutir tudo, cada detalhe. E ele está sempre ligadão, pilhado mesmo. Às vezes a gente tem até que desligar ele um pouco - brinca o ex-zagueiro do Vasco, tricampeão carioca em 1992, 1993 e 1994 pelo clube de São Januário.

O jeitão explosivo, para Jorge Luis, não chega a assustar os mais jovens, mas há um impacto no momento da cobrança mais acentuada.

- Acho que é questão de costume. Não é que assuste, mas é a maneira dele trabalhar, de chamar a atenção, de ser um pouco mais acelerado. Até pela posição que ele ocupou como jogador, um cara vencedor, que ganhou praticamente tudo que disputou.

Há mais de cinco anos trabalhando no clube, Jorge Luis só havia sido auxiliar direto de Gaúcho, quando o ex-técnico vascaíno assumia de interino no Vasco. Recentemente, avalizou o investimento do clube no zagueiro Cris. O experiente jogador, após alguns tropeços no início, passou a ser referência da zaga, com aproveitamento alto de roubadas de bola e cortes.

Com a experiência de ex-zagueiro, que também trabalha muito os defensores no dia a dia no clube, Jorge lembra que era natural uma fase de adaptação para o jogador que voltava ao país após uma década no futebol europeu. Contra o Coritiba, no segundo tempo, e contra o Grêmio, o veterano de 36 anos liderou a defesa em um novo esquema, com três zagueiros, uma necessidade avaliada em conjunto pela comissão técnica.

- Quando se discutiu alguns nomes para a zaga, havia outras alternativas, mas dei minha opinião de que o Cris era a melhor opção. A gente precisava de um jogador com esse perfil. No início foi contestado no Grêmio, chegou com essa desconfiança, mas confiávamos no Cris.

Sabíamos que era questão de adaptação, o que acontece com muitos atletas que retornam depois de tanto tempo fora do Brasil. Ele precisava dessa confiança, desse tempo, que as pessoas confiassem no trabalho dele. Cris sempre foi muito sério, muito trabalhador, sempre procurou ajudar. O crescimento dele não foi uma surpresa - opina o auxiliar do Vasco.

Fonte: ge
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