A opção de adotar ou não as cinco substituições nas partidas vai ser mantida, de forma permanente, nas regras do futebol. A decisão veio após reunião nesta quarta-feira entre representantes da Fifa e da International Board (Ifab), a entidade que determina as leis do jogo.
Antes, a regra valeria apenas até o fim da Copa do Mundo de 2022. Após as solicitações de várias associações nacionais pelo mundo, os dois órgãos decidiram que essa seja uma opção permanente prevista no futebol. Cada organização decidirá se vai adotá-la ou não em seus campeonatos.
As cinco substituições foram uma novidade no futebol com a retomada do esporte após a paralisação no primeiro semestre de 2020, devido à pandemia do novo coronavírus. As mudanças durante o jogo podem ser feitas com três paralisações, além do intervalo. Em casos de prorrogação, uma substituição adicional também é permitida.
As principais ligas do mundo adotaram a regra e continuam a utilizá-la. Dentre os campeonatos mais importantes, apenas a Premier League, na Inglaterra, não a manteve. O Campeonato Inglês liberou as cinco substituições quando voltou após a pausa causada pela pandemia, nas rodadas finais da temporada 2019/20, mas desde 2020/21, voltou a liberar apenas três mudanças.
Alguns técnicos, como Jürgen Klopp e Pep Guardiola, chegaram a reclamar e se manifestaram favoráveis à ampliação para as cinco substituições, mas a liga não aprovou a modificação.
Desafio no VAR?
A reunião desta quarta também discutiu possíveis mudanças no protocolo do VAR, dentre elas, a adoção de desafios por parte das equipes envolvidas. A ideia foi levada à Fifa e à IFAB pela Conmebol, que também quer que o tempo do jogo seja parado durante a consulta ao vídeo.
As duas entidades apenas informaram que a proposta foi debatida e não deram detalhes sobre planos futuros para a implementação da mudança.
O encontro também debateu o pedido da Conmebol para que possa fazer intervalos de 25 minutos em ocasiões especiais, como em suas finais únicas da Sul-Americana e Libertadores, mas a proposta não foi bem aceita. Segundo a IFAB, há uma preocupação com o "possível impacto negativo no bem-estar dos atletas com o longo período de inatividade".