Para tentar diminuir os erros de arbitragens, a Fifa vai inovar no Mundial de Clubes, disputado no Japão, em dezembro. A entidade vai testar pôr dois juizes em cada jogo da competição. A medida foi confirmada, terça-feira, em reunião do Comitê Estratégico da Fifa (CEF), cujo presidente é o francês Michel Platini que também preside a Uefa.
A mudança divide opiniões. Há aqueles que a consideram um progresso e os que não acreditam que, mesmo com um árbitro a mais, haveriam menos erros. No cerne da questão está a função que seria exercida por cada juiz em campo.
Se for para botar um juiz atrás do gol, como o Platini propôs numa reunião comigo há dois anos, eu sou contra sentenciou o colunista do L! e ex-juiz José Roberto Wright.
A resolução da CEF ainda não definiu qual será a função dos dois juizes.
Especula-se que cada um deles ficará responsável por uma metade do campo. Na opinião de Wright, isso não diminuiria os erros.
Assim, seguiriam os mesmo problemas, como juiz ficar encoberto por jogadores e até mesmo quando o suor cai no olho, fazendo perder aquele um centésimo que pode ser decisivo. O ideal seria os dois juizes correndo o campo todo.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, preferiu não opinar a decisão da Fifa.
Quanto à medida ser adotada no futebol brasileiro, ele disse: Se recebermos essa determinação da Fifa, vamos cumprir.
Outra inovação. A Fifa pretende seguir os testes com detectores na linha do gol um pequeno apetrecho cujo objetivo é impedir que bolas que não entraram sejam consideradas gols, assim como não anular gols legítimos. Apenas os juizes serão comunicados sobre a decisão dos detectores.