O mau relacionamento entre o Vasco e a Federação do Rio se tornou coisa do passado. Recente, é verdade. Após as críticas do clube à demora no registro do zagueiro Dedé, rebatidas duramente, em 24 de janeiro, pelo presidente da Ferj, a diretoria mudou de tática. E tratou de seguir o recado de Rubens Lopes. Para isso, até estreitou os laços com a família do cartola.
Em entrevista à \"Rádio Brasil\", no dia 24 de janeiro, Rubens Lopes respondeu às críticas do clube: \"O Vasco é muito desorganizado. O clube precisa contratar profissionais competentes\".
O vice-presidente Jurídico do Vasco, Nélson de Almeida, não só se calou como também entendeu o recado. Em fevereiro, o Vasco contratou o escritório da advogada Luciana Lopes da Costa. Vem a ser a filha do presidente da Federação.
Uma das atribuições da doutora Luciana é defender o clube nos casos levados aos tribunais da federação e da CBF. No caso da Ferj, ela já defendeu atletas no campeonato organizado pelo pai dela. Isso deixa os advogados de equipes adversárias em situação desconfortável.
A outra atribuição da doutora é cuidar do Mecanismo de Solidariedade do Estatuto de Transferência da Fifa, em que o clube busca compensações por transferências de jogadores formados nas divisões de base do Vasco e que hoje rodam o mundo. Isso rende bastante dinheiro.
Já Oswaldo Sestário, o antigo advogado do Vasco, não mereceu consideração. Foi destituído diante do TJD da Ferj, na Rua do Acre, antes da sessão de 18 de fevereiro, na qual defenderia o clube. Na hora do julgamento, foi substituído pelos novos advogados.
Detalhe: Sestário ainda nem recebeu os sete meses de honorários que o Vasco lhe deve.