O passado tricolor desbotou no coração de Branco e nem no sangue circula mais. Num uniforme preto e branco, seu filho, Stephanno, de 16 anos, é o retrato da mágoa que empalideceu de vez as boas recordações. O garoto bem que tentou jogar no Fluminense, mas é no meio-campo do time juvenil do Vasco que há dois meses vai jogando a sua bola.
Tirei meu filho do Fluminense em 2006 por causa de um conselheiro maluco, que é funcionário remunerado do clube. Ele não se conformou quando o treinador tirou o filho dele do time. E disse que o Stephanno só estava lá por ser meu filho conta Branco, que, àquela época, era coordenador-técnico do Fluminense.
Stephanno rodou por Flamengo, Cruzeiro e, muita saudade de casa depois, decidiu vestir a camisa do Vasco. Mas não haverá constrangimento em família quando seu clube entrar em campo para enfrentar o Fluminense, que teve seu pai como um dos melhores laterais-esquerdos da história.
Não sofro pelo Fluminense p... nenhuma. Pra mim, se o Flu ganhar, ganhou. Meu time? É o Guarany de Bagé. Tenho mágoas. Depois que saí de lá, nunca mais voltei. Deixei de ir a dois velórios, do Pinheiro e do Ézio, porque não quero voltar às Laranjeiras.
Depois que o filho teve problemas no mirim, Branco enfrentaria o seu. Em dezembro de 2009, devido a divergências com a direção por causa de uma dívida trabalhista de 1994 cobrada na Justiça, o ex-lateral, então coordenador-técnico, foi embora do clube.
O mais importante é o torcedor e não o cara que está lá momentaneamente, querendo se aproveitar do clube. Não foi o meu caso. Fui um profissional que deu retorno para o Fluminense. Mas tem muito vagabundo lá dentro acusa.