Vestido com o uniforme do Boca Juniors, Caio corre de um lado para o outro. Parece encarnar o ímpeto argentino num duelo contra o pai Fernando Prass, em um shopping do Rio de Janeiro. Situação contornada, o goleiro do Vasco consegue agarrar firme o garoto de dois anos. É a senha para a irmã Helena, da mesma idade, entrar em ação. Ela sobe e desce de brinquedos num teste de paciência para o arqueiro.
Ao perceber que os gêmeos reduziram o ritmo, Prass começa a falar dos treinos puxados em Mangaratiba, na semana passada. No entanto, para surpresa de todos que estavam em frente a uma lanchonete de fast food, as crianças despertam ao ouvirem o nome do Vasco. Como numa paixão hereditária, eles passam a entoar o hino do Gigante da Colina.
O pai babão garante que ambos vão sempre aos jogos do time em São Januário. Por isso, aprenderam um pouquinho do que a torcida canta nas arquibancadas.
- Eles gostam e têm camisas do Vasco, Coritiba e Grêmio. Três dos cinco clubes brasileiros que defendi no Brasil. Só não usam o uniforme Tricolor porque há muitos colorados na minha família e sempre dá aquela confusão afirmou Fernando Prass, que passou uma semana de férias em Buenos Aires e apresentou aos filhos uma das maiores paixões argentinas: o Boca Juniors. Mas, por enquanto, eles não arriscam hinos em espanhol.