Futebol

Filhos de Pedrinho irão ver o pai ser campeão da Libertadores de 1998

Pedrinho terá a chance de se ver em ação novamente no horário mais nobre do futebol, neste domingo, às 16h, quando a TV Globo reprisa o jogo que deu ao Vasco o título da Libertadores de 1998, contra o Barcelona do Equador — vitória por 2 a 1, em Guayaquil. Mas para os três filhos ((Enzo, de 15 anos, e as gêmeas Lara e Alice, de 8) do ex-jogador, hoje comentarista, será a primeira vez que assistirão ao pai em campo, justamente na partida mais importante de sua carreira.

Pedrinho tinha 21 anos na ocasião. Vivia o auge, titular do Vasco e alvo da seleção brasileira, tanto que posteriormente foi convocado por Vanderlei Luxemburgo:

— Acho muito legal. Alguns dos jogos que eu comento hoje têm atletas que não me viram atuar. Principalmente na época dessa final, quando eu estava começando Meus filhos, que não me viram jogar, vão poder ver que eu fiz algo legal.

Pedrinho foi titular na decisão, o que tem um peso ainda maior. Caçula, venceu a disputa interna pela vaga no meio com Juninho Pernambucano e Ramon — atual treinador do Vasco. No esquema tático do técnico Antônio Lopes, só cabiam dois meias de criação. O lugar de Pedrinho na equipe foi cativo durante toda a Libertadores.

Apesar da idade, Pedrinho não sentiu o peso da final. No primeiro confronto, em São Januário, deu o passe para o golaço de Donizete. No segundo, participou da construção da jogada, ao lado de Luizão, Felipe e Juninho, até mais um gol do Pantera.

Mesmo diante do clima hostil em Guayaquil, com necessidade de escolta policial, entre outras coisas, em campo ficou a impressão do domínio completo do Vasco na final. Pedrinho não nega:

— Sendo bem sincero, nós tínhamos controle total da partida. Mas o Antônio Lopes pedia para não darmos mole.

O título não deixou qualquer dúvida sobre a força do time, mas no começo da temporada, a saída de Evair e Edmundo, dupla de ataque campeã brasileira em 1997, levantou dúvidas sobre qual seria o poderio ofensivo do Vasco no ano do centenário:

— Em 1997, o grupo era muito bom, mas o Edmundo foi um diferencial. Em 1998, a responsabilidade se dividiu. Por isso, acho que o futebol de todos cresceu. Precisávamos render mais porque não havia a genialidade do Edmundo.

Pedrinho não encara a reprise de hoje como entretenimento. Para ele, é símbolo de reconhecimento. O atualmente comentarista salientou de como se lembra de jogo hoje em dia.

— É a sensação de ter cumprido uma missão. Quando somos parados na rua, o reconhecimento e as homenagens trazem a sensação de honra e dever cumprido. Fico muito feliz pelos companheiros da época. A reexibição desse jogo é um reconhecimento — avisou.

Fonte: Extra Online
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