Centro de Treinamento de Itaguaí- Foto: Marcelo Sadio- Vasco.com.br
Uma área no futebol que ganhou muita importância nos últimos anos foi a de fisiologia. Além de fornecer informações sobre o desempenho dos jogadores, esse ramo da biologia vem ajudando os clubes a prevenir lesões e acelerar a recuperação dos atletas. Assim como a grande maioria dos times brasileiros, o Vasco da Gama possui em sua estrutura um departamento para cuidar desse setor. Labutam no mesmo Daniel Gonçalves e Rodney de Castro, dois dos fisiologistas mais respeitados do país.
Recentemente se juntou ao time o também competente Luiz Fernando, contratado pelo Gigante da Colina para trabalhar diretamente com o futebol amador. Desde a chegada desse profissional, o clube de São Januário conseguiu estabelecer um padrão de trabalho em todos os seus times de base. A metodologia vem ajudando a aumentar o rendimento dos jovens durante as competições e fazendo com que eles não sintam tanto a mudança de categoria:
- O nosso sonho dentro do Vasco sempre foi de fazer o processo de verticalização. O que seria isso? O atleta chegar sem nenhuma deficiência ao profissional. Criamos um padrão Vasco, com medidas, testes, e objetivos aceitáveis para um atleta de futebol. O principal objetivo da base não é o resultado, mas sim formar um jogador de futebol. No ano passado conseguimos fazer isso. A gente "cobra" do mirim um trabalho a nível do profissional de acordo com sua idade e sua maturação biológica. A cobrança no infantil já é maior, assim como no juvenil. A cobrança no juniores está bem próxima do que é no profissional. Hoje a gente possui jogadores que chegam no profissional sem nenhum deficiência, ou seja, com um nível de força aceitável e com o padrão físico aceitável. Conseguimos continuar o trabalho do ano passado nesse ano. Já melhorou muito. A nossa expectativa é que esse trabalho evolua cada vez mais - afirmou Luiz Fernando ao programa "Só dá Base
A recuperação dos atletas após determinada partida também vem sendo feita da melhor maneira possível desde a implantação do trabalho da fisiologia no Centro de Treinamento de Itaguaí. A estratégia adotada antes e após os jogos vem contribuindo para a prevenção e diminuição das lesões na base:
- Quando eu cheguei no clube, não falando do trabalho anterior, as categorias não tinham padrão. Cada uma tomava e fazia algo diferente da outra. Hoje a gente conseguiu colocar um padrão e estabelecer uma norma no Vasco. No intervalo dos jogos os atletas tomam um gel e um carboidrato para repor. Antes do atleta vinha com sede e bebia quatro copos de água, passando a não ter mais condições de tomar um Gatorade ou um gel. Antes de um jogo, um jogo fora principalmente, a gente usa um carboidrato a mais. Isso depende da distância. Quando o jogo é em casa não precisamos dar esse complemento, pois sempre tem um lanche ou almoço para complementar. Itaguaí nos proporciona isso. O que é mais importante para a recuperação do atleta não é o que ele faz antes do jogo, mas o que ele faz depois do mesmo. Temos que saber o que ele vai comer, que horas vai dormir. Isso é importante para a prevenção de lesões - disse o fisiologista ao programa "Só dá Base".
O que também tem trazido benefícios para a base é a boa relação existente entre os profissionais que trabalham na área de fisiologia. Graças ao bom relacionamento, as jovens promessas vascaínas podem usufruir de alguns equipamentos utilizados pelo time de cima. É com eles que são feitas as análises que ajudam a preencher um importante banco de dados:
- Está sendo um prazer trabalhar ao lado do Daniel Gonçalves. Antes de trabalhar no Vasco, eu assistir algumas palestras dele. Às vezes ele me pede opinião sobre alguns assuntos e eu fico bastante feliz, pois para mim ele é um mestre. Ele é um dos fisiologistas mais competentes. Todos os jogadores elogiam muito o trabalho dele, o que mostra que o trabalho dele é respeitado. Eu procuro sugar o máximo quando estou com ele. A gente tem um boa relação com o departamento médico e com a comissão técnica. Nós da parte de fisiologia da base possuímos uma boa relação com o profissional. A gente em muitos momento utiliza o espaço e os equipamentos do profissional para a base. Eles ajudam na confecção de dados físicos e estruturais dos atletas. Esses dado contribuem para o melhor trabalho das comissões técnicas. É um prazer enorme trabalhar com o Daniel e com o Rodney, que também é um excelente profissional. Destaco aqui também o trabalho dos preparadores físicos da base: o André Portella, o Gutemberg e o Brandi - declarou Luiz Fernando ao programa "Só dá Base".
Os frutos do trabalho de fisiologia da base já começaram a ser colhidos pelo Vasco. O lateral-esquerdo Henrique, que hoje defende o time profissional, evoluiu bastante como jogador após seguir à risca a metodologia implantada:
- O Henrique é um bom exemplo da evolução do trabalho de base do Vasco. Quando eu cheguei no Vasco, o Henrique vinha se recuperando de uma lesão grave no ombro. Peguei essa preparação pós-lesão toda dele no juniores. Digo que é uma glória para o Henrique estar hoje no profissional e servindo uma Seleção. Ele teve uma preparação e soube aproveitar as melhorias que ocorreram no Centro de Treinamento de Itaguaí. Ele soube aproveitar e está colhendo os frutos. Ele é o maior exemplo de sucesso da nova metodologia de trabalho implantada na base - afirmou o fisiologista ao programa "Só dá Base".
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Fisiologista Luiz Fernando acompanhando treino da categoria juvenil em Itaguaí |
Com informações do Programa Só dá Base/Só Dá Vasco.