Há dois anos, essas duas grandes potências do futebol brasileiro sequer chegam às finais da Taça Guanabara, metade do campeonato carioca, ainda chamado por alguns locutores de rádio e TV como o \"mais charmoso\", do país. Um hábito, que permanece desde os tempos românticos de Waldir Amaral, Jorge Curi, quando, de fato, o Rio era a grande vitrine. Representantes de duas das três maiores torcidas do Brasil, é inadmissível a situação em que se encontram esses clubes. Administrações catastróficas estão levando os dois para um buraco cada vez maior.
Mais grave de tudo é a passividade dos torcedores, que não reagem mais, se acostumaram a ver times medíocres, que perdem de sete ou pagam prêmio por não ter caído para a segunda divisão. Essa banalização da mediocridade é terrível. Reagir no bom sentido, claro. Sem vandalismo, pichação, violência, como aquela agressão covarde, inaceitável a Marcio Braga. Reação nas urnas, afastando essa gente que se perpetuou no poder, alguns até com postura de donos dessas instituições que não pertencem a ninguém, são de suas torcidas.
Lembrar que o Flamengo foi campeão do mundo, o único do Rio, e o Vasco disputou duas finais do mais importante título do futebol mundial, é duro conviver com a situação de hoje. Mais que isso, lamentável. É tarde, mas ainda podem dar um pontapé no traseiro dessa gente. Nas urnas, claro.