Veja que ironia do destino: os melhores momentos do Vasco em campo no empate com o Bahia foram justamente quando o time teve um jogador a menos, após a expulsão de Ricardo no fim do primeiro tempo. Uma prova de como Vanderlei Luxemburgo e seus comandados atingiram um nível considerável de consistência no desempenho.
O começo do Vasco na partida foi tenebroso. Uma equipe jogando em ritmo lento, sem concentração e cometendo erros fáceis foi presa fácil para um Bahia veloz e intenso. O Cruz-Maltino finalizou apenas uma vez na etapa inicial e deu espaços generosos na defesa.
Com a expulsão de Ricardo, Luxemburgo reorganizou o time no intervalo. Tirou Ribamar e Cáceres, colocou Fellipe Bastos e Marcos Junior, para montar o time novamente com duas linhas de quatro - e Marrony na frente.
Aqui, cabe uma menção especial ao jovem atacante, um dos mais regulares do Vasco no ano. Esta partida foi um exemplo de sua importância: começou na ponta, terminou como centroavante e fez o gol do empate. Mais do que isso: correu o tempo todo, ajudou na defesa e sempre deu opção. Tem tudo para ser ainda mais útil em 2020.
Com a nova formação, o Vasco equilibrou o jogo. Foi forte especialmente no meio-campo, com seus volantes em boa noite, ajudando tanto por dentro como pelos lados do gramado. São talvez os que simbolizam melhor o domínio de Luxemburgo no elenco: a sacada do técnico em escalar Raul e Marcos Junior pelas pontas encorpou o time em diversos jogos do Brasileirão.
No fim, a expulsão de Arthur Caíke pelo Bahia deu mais espaço ao Vasco, e o time aproveitou. Mais do que o empate fora de casa, o que é preciso celebrar neste jogo é a existência de um trabalho consistente, com uma equipe que sabe o que fazer e começa a ganhar alternativas para 2020 - Gabriel Pec é um bom exemplo.