Um dos convidados do programa Só dá Vasco na noite desta segunda-feira (30/09) foi o ex-Vice de Patrimônio do Vasco Fred Lopes. O antigo dirigente do Gigante da Colina aproveitou a participação para esclarecer algumas alguns temas noticiados pela imprensa nos últimos dias.
A reforma do Parque Aquático, as recentes declarações do ex-presidente Eurico Miranda e uma possível aliança com José Hamilton Mandarino e Nélson Rocha foram os temas abordados por Fred Lopes durante a entrevista.
Confira a transcrição da entrevista:
MATÉRIA DE JORNAL ESPORTIVO DO RIO DE JANEIRO SOBRE O PARQUE AQUÁTICO
"O que aconteceu é que houve uma ligação do repórter desse veículo de comunicação. Houve um interesse desse veículo em relação ao Parque Aquático. Ele me perguntou sobre o Parque Aquático e querendo saber tudo sobre o mesmo. Eu disse à eles o mesmo que vou dizer agora: o Vasco tem inúmeros problemas em seu patrimônio. É o estádio mais antigo e o único que nunca passou por nenhuma reforma. O que fazia o ex-presidente era a política do 'raspa e pinta'. O sujeito que não tem conhecimento vai achar que o local estava bem cuidado. O que o Parque Aquático precisa é de uma reformulação. Nós queremos um Parque Aquático para fazer escolinhas ou para sediar campeonatos? O Parque Aquático hoje não tem condição para sediar competição. Era necessário um investimento de 22 milhões para que o parque aquático pudesse sediar. Para escolinhas, o investimento era melhor. Na minha época uma parte da diretoria era favorável e outra parte era contra. A decisão não pode caber a um vice-presidente, seja ele Fred, Manuel Santos ou Manuel Barbosa. É preciso que todo mundo manifeste interesse. Se não existia consenso político, não haveria como fazer. Nós procuramos e até mesmo procuramos a Iquine para arrumar as tintas, mas o problema do Parque Aquática não é só a pintura, mas um todo".
SOBRE DECLARAÇÕES DO EX-PRESIDENTE
"Clube que não paga salário, que tem salários atrasados e tem uma série de problemas, não pode reformar um equipamento. A não ser que você vá no mercado buscar um parceiro. O Vasco tem tanta coisa para fazer...Eu fiquei no Vasco três anos e fiz 34 obras. Jamais um vice-presidente de patrimônio conseguiu fazer tanto pelo Vasco. É bem verdade dizer que não conseguiremos resolver em quatro anos algo que não foi resolvido em trinta anos. O ex-presidente tem que dizer o motivo que deixou o nosso refeitório da maneira que deixei quando cheguei lá. Ele tem que explicar uma série de coisas. Ele fica politizando uns problemas. Eu tenho lá material do antes e depois. Vamos mostrar como era o vestiário antes e como é agora. Vamos mostrar a sala de musculação antiga e como é agora. Vamos mostrar como é a Sala de Imprensa, o Forninho, a Loja Oficial. Podemos pegar o placar de antes e o placar de agora. Eu poderia ficar a semana inteira falando das melhorias e confrontando o ex-presidente. Quem frequenta São Januário no dia-a-dia sabe do que estou falando. Se ele quiser pegar mais pesado, vamos falar do Calabouço. O ex-presidente tem que parar de falar bobagem e pensar no bem do Vasco. A questão do Parque Aquático é política. Vamos reformar ele ou não? A gente precisa olhar as coisa com seriedade. Foi isso que fiz ao longo do tempo que estive lá. Sempre que puder ajudar o Vasco, vou procurar ajudar com trabalho e não com mazelas".
SOBRE A FORMAÇÃO DE NOVA CHAPA POLÍTICA
"O Mandarino, o Nélson Rocha e o José Pinto Monteiro participaram junto comigo de um projeto que foi abandonado pela gestão do atual presidente. Quando saiu a matéria e o ex-presidente falou um monte de coisa, dizendo que a gente seria o culpado pelo momento do Vasco por ter abandonado o atual presidente. Nós fizemos uma carta para responder as covardes insinuações de uma pessoa que está preocupada em fazer política. Ele não quer saber o que é ou não bom para o Vasco. A carta não chega a estar assinada, mas leva o nome dos quatro antigos vice-presidentes. Eu estou apoiando o Roberto Monteiro na Identidade Vasco e não estou do lado do Nélson Rocha e do Mandarino. Acho que o Vasco precisa se profissionalizar. Não adianta você falar em profissionalização e não fazer. O Vasco não pode se transformar numa empresa, mas ser um clube gerido de forma profissional e funcionando como uma empresa. Nenhum de nós pode achar que o Vasco pode ser administrado por pessoas que não estão no clube o dia inteiro. Por isso nós precisamos ter o executivo. O executivo precisa ser aliado a sua diretoria, até porque se ele for embora, o clube não irá perder. Os vascaínos precisam saber do que está acontecendo no clube. Precisamos ter esse equilíbrio entre os executivos e os vice-presidentes. Hoje a gente não consegue provar que somos um dos maiores clubes do Brasil. Não conseguimos disputar jogadores com nenhum outro clube de grande investimento. A gente hoje fica atrás de muitos outros. Com esse modelo atual não somos competitivos. É por esse motivo que estou com o Roberto Monteiro. Uma coisa é a carta, que é um manifesto, outra coisa é você falar em apoio político. Eu não sou do Vira Vasco, mas do Identidade Vasco. Estou com Roberto Monteiro e junto com ele tentaremos dar uma nova vida ao Vasco".