Rio - A Colina Histórica completa hoje 84 anos em meio a uma de suas maiores reformas nas últimas décadas. Ontem, o clube fechava a troca de um novo placar eletrônico com tecnologia led e novo sistema de som. A intenção é inaugurar a nova atração do velho estádio no fim de junho, com a sonhada apresentação de Juninho Pernambucano. Em pouco tempo, o Vasco também vai anunciar a troca completa dos equipamentos de musculação e do departamento médico, nos mesmos moldes da reforma feita no vestiário dos juniores e do profissional.
\"É uma obsessão para mim transformar o departamento médico do Vasco no mais moderno da América Latina. Na musculação, vamos trazer R$ 250 mil em produtos novos, para trocar tudo\", diz Frederico Lopes, vice-presidente de Patrimônio.
Ele é o mais jovem vice-presidente da história do clube. Aos 35 anos, Fred, como é conhecido, trabalha desde os 14 na área de construção civil, na empresa do pai, que o levava desde os três anos ao estádio.
\"Não é fácil tocar uma obra desse porte, numa área de 70 mil m², que sofre com a ação do tempo\", lembra Lopes, que iniciou as conversas que concretizaram a pintura da arquibancada e das cadeiras sociais, além da restauração das marquises.
Ao enumerar empresas de tinta, de piso esportivo, de revestimento de banheiros, de material de construção e de recuperação estrutural, ele frisa que não foi só pintura.
\"Restauramos marquises por cima, por baixo... todos os degraus\", diz o dirigente, que, no entanto, conta não ter um laudo que mostrasse uma estrutura deteriorada. \"Mas temos engenheiros, arquitetos do Vasco, além de uma equipe que conhece muito bem. Consertamos ferro exposto, estancamos corrosão do ferro\", revela ele, justificando que conhece o assunto porque vem de uma família que \"sempre respirou construção civil\".
Sobre os problemas de acesso ao estádio, a diretoria quer botar em prática um projeto elaborado entre a Prefeitura e as empresas de construção civil. A ideia seria abrir duas vias expressas que passem ao lado de São Januário. \"Participei de duas reuniões em que se discutiu essa questão, já que o problema não é São Januário, mas o bairro de São Cristóvão, que passa por um processo de reurbanização\", disse Lopes.